15 de dezembro
de 2017 Bir Lehlu (Territórios Libertados) (SPS) - O Presidente da RASD e
Secretário-Geral da Frente Polisario, Brahim Ghali, afirma em carta enviada ao Secretário-Geral
das Nações Unidas, António Guterres, após a aprovação por parte da Assembleia Geral
da resolução relativa à descolonização, que a situação em Guergarat (no extremo
sul do território ocupado) não conheceu nenhum avanço no que respeita à aplicação
da resolução do Conselho de Segurança sobre a questão da faixa de terreno desmilitarizada,
baseada no acordo de cessar-fogo.
Brahim Ghali
acrescenta que a Frente Polisario não pode consentir a continuação do status
quo, já que a presença de Marrocos na faixa de separação, constitui uma direta violação
do acordo de cessar-fogo e uma alteração unilateral da realidade sobre o
terreno, o que requere uma urgente intervenção.
Por outra
parte, o chefe de Estado, sublinha as preocupantes práticas colonialistas que
comete Marrocos no Sahara Ocidental, na ausência de adequadas respostas dos
organismos da ONU.
A missiva
enviada ao Secretário-geral das Nações Unidas recorda as responsabilidades
éticas e legais da ONU em relação ao povo saharaui e o inalienável direito à autodeterminação
e independência por parte deste, conforme a resolução 1514 de 1960.
O Secretário-geral
acrescenta que Marrocos continua tratando al Sahara Ocidental como se este
fizesse parte de seu território nacional, violando sistematicamente os direitos
básicos dos saharauis nas Zonas Ocupadas do Sahara Ocidental, e espoliando os seus
recursos naturais sem o seu consentimento.
Finalmente,
o Presidente da República exige à ONU que assuma a sua responsabilidade e
intervenha mediante a aplicação das resoluções e recomendações dos seus
organismos, assim como através da aplicação do direito internacional e do
direito internacional humanitário, com o fim de criar a dinâmica que requere o processo
de paz.
Sem comentários:
Enviar um comentário