Fonte: E. I. C. Poemario por un Sahara Libre / EFE
23 dezembro, 2017 – O ancião saharaui Mohamed El Ayoubi,
último réu do macrojulgamento de Gdeim Izik, foi condenado no dia 20 de dezembro
a 20 anos de prisão pelo Tribunal de Apelação de Salé pelos delitos de “violência
e ferimentos contra as forças da ordem”.
Segundo explicou à agência a Efe Brahim Dahan, presidente
da Associação saharaui de vítimas graves de violações de direitos humanos
cometidos pelo Estado marroquino (ASVDH), El Ayoubi, que com setenta anos se
encontra “gravemente doente”, não regressará à prisão enquanto não for julgado
o seu último recurso.
O juiz encarregado do processo de Gdeim Izik decidiu em janeiro
passado separar o caso de El Ayoubi devido ao seu delicado estado de saúde e sentenciá-lo
em estado de liberdade provisória.
Os outros presos políticos saharauis julgados no caso de
Gdeim Izik (23 no total) foram condenados em julho último a penas de entre 20 anos
de prisão e prisão perpétua, à exceção de um que foi condenado a dois anos de
detenção. Estas novas condenações foram proferidas num julgamento posterior ao
que se realizou em fevereiro de 2013 num tribunal militar.
El Ayoubi, que anda com dificuldade e necessita de sessões
periódicas de diálise por carência dos seus rins, encontra-se atualmente em Agadir,
a cidade marroquina mais próxima do Sahara Ocidental que conta com um hospital
equipado para este tipo de tratamentos, e ontem nem sequer compareceu à leitura
da sentença.
Para Dahan, não resta dúvida de que o ancião não poderá
cumprir a pena de prisão dada a gravidade do seu estado de saúde, e por isso considerou
que a pena de vinte anos é “uma mensagem política de vingança”, na linha com os
“maus-tratos” que que estão a receber os restantes condenados.
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