França,20 de
outubro de 2017 (SPS)- O Presidente do Conselho
Nacional Saharaui (Parlamento), Jatri Aduh, sublinhou esta sexta-feira que
não existe uma atmosfera de negociação enquanto persistirem a intransigência
marroquina, o apoio francês e a sistemática repressão diária dos direitos dos
saharauis, detenções arbitrárias, repressão diária e saqueio dos recursos
naturais da região.
No discurso que
proferiu na Assembleia francesa no âmbito do Encontro parlamentar internacional
de Solidariedade com o Povo Saharaui, o também membro do Secretariado Nacional da
Frente POLISARIO afirmou esperar que o novo Enviado Pessoal encontre suficiente
apoio e compreensão por parte da França para facilitar a sua missão.
O responsável
saharaui disse durante o encontro internacional organizado pelo grupo
parlamentar Paz e Liberdade para o Povo Saharaui em França que todos os
obstáculos, a recusa e a intransigência durante mais de 40 anos por parte de
Marrocos e dos que estão por detrás de Marrocos, abortaram graças ao valor, à paciência
e à determinação do povo saharaui e à sua resistência sob a direção do seu representante
único e legítimo a Frente Polisario, e os que estão por detrás de Marrocos, acrescentou
Jatri Adduh, não podem influir na força, no prestígio, e no poder das relações
do Estado saharaui e da força que goza dentro da União Africana.
Jatri deplorou
o facto de todos os esforços das Nações Unidas desde 1991 não tenham conduzido
a nenhum progresso.
Depois de recordar
que a Frente POLISARIO aceitou o plano de resolução, aceitou o cessar-fogo e
todos os esforços de mediação e continua a cooperar de maneira construtiva com
a comunidade internacional, a ocupação marroquino – afirmou – é quem coloca obstáculos
a qualquer progresso à solução do contencioso, foi ela quem interrompeu o trabalho
da Missão das Nações Unidas para o referendo no Sahara Ocidental, desobedeceu às
resoluções das Nações Unidas, fechou o território a todos, recusou o ex Enviado
Pessoal Christopher Ross e evitou que o anterior Secretário-Geral das Nações Unidas
visitasse a região, e inclusive transformou o Conselho de Segurança num meio na
sua mão através do apoio de um membro do Conselho, a França.
O chefe do
parlamento saharaui apelou aos deputados franceses e ao público presente no Encontro
a trabalhar no sentido de inverter a situação em que a França se colocou a si
mesma ao apoiar e proteger a ocupação marroquina e a violação dos direitos humanos
e a exploração dos recursos naturais saharauis.
SPS
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