Bir Lehlu (Territórios Libertados) 03 /10/ 2017 (SPS) - O
Presidente da República e Secretário-Geral da Frente POLISARIO, Brahim Ghali, sublinha
que "está na hora da MINURSO retomar com urgência a sua missão de
organizar um referendo de autodeterminação ao povo saharaui para que o povo saharaui
determine o seu destino."
A reivindicação consta na carta enviada a António Guterres, na
sequência dos violentos ataques perpetrados pelas autoridades de ocupação marroquinas
contra os cidadãos saharauis indefesos nas zonas ocupadas que participaram em manifestações
pacíficas reclamando o direito do povo saharaui à livre determinação, à independência
e a libertação dos presos políticos saharauis.
O Presidente afirma, que além de acelerar a execução do seu mandato
de organizar um referendo para a autodeterminação ao povo saharaui, a MINURSO
deve estar dotada de um mecanismo de proteção e vigilância dos direitos humanos
no Sahara Ocidental, da proteção dos recursos naturais saharauis e de eliminação
do muro da vergonha construído pela ocupação, “um crime contra a humanidade que
divide o Sahara Ocidental, território e população, protegido por um
arsenal bélico de destruição e milhões de
minas, incluindo minas antipessoal, proibidas internacionalmente”.
Brahim Ghali refere que o aumento do número de vítimas entre
os manifestantes reflete a ampla participação dos cidadãos saharauis e a sua firme
luta em defesa de um direito internacional sagrado, garantido pela Carta e as resoluções
das Nações Unidas. Por isso – diz - a comunidade internacional está chamada a assumir
as suas responsabilidades para proteger os cidadãos saharauis e garantir o exercício
dos seus direitos fundamentais, contra a intensificação da repressão praticada pelo
Estado de ocupação marroquino.
Ghali acrescenta que “a
existência ainda de uma situação de
descolonização no séc. XXI é um fenómeno estranho e vergonhoso para a comunidade
internacional, assim como é vergonhoso também que a comunidade internacional continue
indiferente ante as práticas atrozes e as violações flagrantes cometidas pelas
forças militares de ocupação ilegal num território sob a responsabilidade das
Nações Unidas e onde esta tem uma missão no terreno “.
Na carta, o Presidente saharaui reitera uma vez mais que
“estas repetidas violações marroquinas refletem a intenção de provocação e
obstrução que a ocupação marroquina prossegue em vésperas de de o Enviado Pessoal
do SG da ONU, Horst Koehler, reincorpore o exercício das suas funções.
Ghali exige a libertação imediata de todos os presos
políticos saharauis em presídios marroquinos e pede uma comissão médica
internacional independente aos detidos de Gdeim Izik e sejam canceladas todas as
medidas e sentenças tomadas injustamente contra eles. SPS
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