«O
processo de paz no Sahara Ocidental está hoje à beira do colapso, fragilizado pelos
obstáculos erigidos por Marrocos quanto à realização de um referendo de
autodeterminação do povo saharaui », escreve
o diário norte-americano New York Times.
“O cessar-fogo de 1991 havia prometido ao povo
do Sahara Ocidental um referendo de autodeterminação, que mais de 25 anos
depois, não teve lugar”, constata a autora do artigo entitulado “A próxima
guerra da África do Norte”, publicado na passada segunda-feira. “Os refugiados
nascidos e crescidos no exílio tocam os tambores da guerra”, escreve a
jornalista que se deslocaou recentemente a El Garegaret e a Tindouf onde se
avistou com o presidente saharaui, Brahim Ghali. “Desde há mais de duas
décadas, Marrocos trava (a realização) de um referendo que constitui o
principal mandato da MINURSO”, lembra a jornalista Hannah Armstrong que recorda
que “o ritmo da mudança se acelerou em março passado”, após a expulsão por Marrocos
da componente civil da missão da ONU, em reação às declarações do ex-secretário-geral
das Nações unidas, Ban Ki Moon, o qual qualificou a presença marroquina no Sahara
Ocidental de “ocupação”.
Marrocos
manteve a sua vontade de minar o acordo de paz no Sahara Ocidental, violando o cessar-fogo
ao enviar forças para impor a construção de uma controversa estrada que cruza os
territórios sob controlo da Frente Polisario, recorda o diário norte-americano.
Na realidade, este projeto de estrada pretendia reforçar o controlo por Marrocos
do comércio na região, facilitando o deslocamento, diário, de centenas de camiões
de mercadoria em direção ao Sul.
Fonte:
EL MOUJAHID (Argelia) 19-01-2017
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