O
gigante francês CMA-CGM suspendeu os seus planos de colocar alguns dos seus
mega-barcos nas rotas dos portos da costa do Sahara Ocidental a partir deste mês,
informou a ''Associação para a supervisão dos recursos e para a Proteção do Meio
Ambiente no Sahara Ocidental'' (AMRPENWS).
A
companhia CMA-CGM anunciou que suspendeu o seu serviçoo para o porto de Dakhla,
capital económica do Sahara Ocidental ocupado.
A medida
deve-se à recente resolução do Tribunal da União Europeia que sentenciou que o acordo
agrícola Marrocos-UE não é aplicável aos territórios saharauis sob ocupação marroquina.
Num
breve comunicado, a empresa explica que a partir de fevereiro de 2017 a nova rota
marítima será até Agadir, no sul de Marrocos.
Daí
que o CMA CGM Group informe os seus clientes que, com efeito imediato (a partir
de hoje), "é suspenso definitivamente o serviço para os territórios
saharauis”.
Por seu
lado a Frente Polisario denunciou as companhias que foram autorizadas pelas
autoridades marroquinas para operar nas costas do Sahara Ocidental ocupado, e
qualificou o ato de “grave provocação”, assim como uma “ameaça para a paz e a estabilidade
no território e em toda a região do Magrebe”.
''É
uma atitude políticamente incorreta além de ilegal após a última resolução do Tribunal
de Justiça da União Europeia (TJUE), quando algumas empresas europeias mantêm
interesse em cooperar com as autoridades de ocupação marroquinas para exportar
de forma ''clandestina'' e estabelecer negócios neste território não
Autónomo'', denuncia Mohamed Khadad, coordenador da F. Polisario junto da
MINURSO.
''Esse
tipo de atividades, que não têm em conta a prosperidade e o interesse da população
saharaui, estão violando a lei internacional de comércio em territórios não
Autónomos, aegundo afirmou a sentença do Tribunal Europeu (TJUE) e as resoluções
das Nações Unidas'' – adianta Khadad.
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