O Grupo
Parlamentar do Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um voto
de congratulação sobre p Sahara Ocidental que foi aprovado na quinta-feira, dia
8 de março, com os votos favoráveis do BE, do Partico Comunista e do Partido
Socialista. O PSD votou contra e o CDS absteve-se. O voto surge na sequência
das conversações realizdas em Lisboa entre o MNE de Marrocos, e Horst Köhler,
Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental.
Eis o texto
aprovado:
“O povo saharaui
espera há mais de 40 anos pela justiça a que tem direito: que se cumpra o
Direito Internacional e lhe seja dado ser um povo autodeterminado.
No quadro das
Nações Unidas foi relançado o processo negocial sobre o Sahara Ocidental,
através da resolução 2351 do Conselho de Segurança das Nações Unidas de abril
de 2017. Esta resolução, aprovada por unanimidade, pretende que seja alcançado
um acordo político que permita, enfim, a concretização do direito à
autodeterminação do povo saharauí.
Esta resolução
afirma “total apoio ao empenhamento do Secretário-Geral e do seu enviado
pessoal no sentido de uma solução para a questão do Sahara Ocidental, neste
contexto, para relançar o processo de negociação com uma nova dinâmica e um
novo espírito conducente à retomada de um processo político cujo objetivo será
alcançar uma solução política mutuamente aceitável, que preveja a
autodeterminação do povo do Sahara Ocidental no contexto de acordos
consentâneos com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas.(…)”.
Dentro deste
processo e no seguimento de outras reuniões, teve lugar em Lisboa, no passado
dia 6 de março uma reunião entre o enviado pessoal do Secretário-Geral António
Guterres, Horst Köhler, com altos representantes do Reino de Marrocos tendo em
vista a prossecução desta negociação e do inscrito na referida Resolução do
CSNU. Não pode ignorar-se a importância que, neste processo, tem a recente
sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia de 27 de fevereiro segundo a
qual o Acordo de Pescas entre a UE e Marrocos - tal como já fora decidido em 2016
sobre o Acordo para os produtos agrícolas - não é aplicável ao Sahara
Ocidental, território não-autónomo, nem às suas águas territoriais.
Assim, reunida
em sessão plenária, a Assembleia da República exprime a sua congratulação pela
retoma do processo negocial sobre o Sahara Ocidental sob a égide das Nações
Unidas e exprime a sua profunda convicção de que este é um momento, como poucos
houve, para que se criem as condições para uma solução política e de acordo com
o Direito Internacional que garanta a concretização do direito à
autodeterminação do povo do Sahara ocidental.”
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