Fonte: E. I. C. Poemario por un Sahara Libre / Original em francês: AP
Novo desaire diplomático para o Marrocos. O
ex-diretor do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR),
Werner Blatter, critica em extenso artigo publicado na quinta-feira, 8 de março
de 2018, na coluna do jornal suíço Le Temps, a escolha da cidade ocupada de Dakhla
no Sahara Ocidental para a realização do Fórum Crans Montana no próximo dia 15
de março para uma reunião sobre a cooperação Sul-Sul, evento boicotado pela
União Africana.
Werner Blatter defende
que "organizar um fórum Sul-Sul numa cidade do Sahara Ocidental em disputa
e boicotado pela União Africana é um erro do Fórum Crans Montana". Blatter
lembra, a este respeito, que "o Conselho de Paz e Segurança da União
Africana (UA), após a 30ª Cimeira realizada em Addis Abeba em janeiro de 2018,
convocou todos os seus Estados membros, a sociedade civil africana e outras
partes a boicotar a próxima edição do Fórum Crans Montana em Dakhla, nos
territórios saharauis ocupados ".
Para Warner
Blatter, não há dúvida: "(...) (Dakhla), Dajla, não está em Marrocos, mas
no Sahara Ocidental, isto é, na área ocupada por Marrocos". "É mais
do que lamentável que uma reunião internacional desta magnitude e com uma
questão tão importante esteja implicada em desconsiderar o apelo ao boicote da
União Africana", disse o ex-diretor do ACNUR, que acredita que
"Marrocos tem cidades, todas com uma excelente infra-estrutura para organizar
uma conferência internacional ".
Werner Blatter afirma
também que levar a Crans Montana todos os anos para Dakhla é uma cumplicidade
com a colonização do Sahara Ocidental por Marrocos. Uma colonização condenada
por toda a comunidade internacional.
Para obter
"o respaldo e o apoio da União Africana e assim garantir um alto nível de
participação dos países africanos e europeus", Werner Blatter apela ao Fórum
Crans Montana para "rever a sua decisão e, no futuro, organizar o fórum
sobre cooperação Sul-Sul numa cidade marroquina ou, se não fosse possível,
organizá-lo noutro país ".
Leia o artigo
publicado no jornal suíço “Le Temps”
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