Fonte: El Periódico de México
13-12-2018 - O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca,
John Bolton, expressou esta quinta-feira a sua "frustração"
pela falta de progresso na solução da disputa política sobre o
Sahara Ocidental e perguntou "como pode ser justificado"
que se continue a prorrogar a missão de paz das Nações Unidas
(MINURSO).
Bolton delineou a estratégia
do governo Donald Trump para a África e usou o exemplo da MINURSO,
cujo mandato inicial ele próprio contribuiu para redigir em 1991,
para exigir uma mudança de abordagem em relação às missões
internacionais de paz.
O conselheiro de Trump
reconheceu a sua "frustração" pela falta de progresso na
resolução da disputa sobre o Sahara Ocidental. "Eu gostaria de
ver isso resolvido se as partes concordarem com uma saída. Essa é a
minha preferência ", disse ele a repórteres num centro de
estudos de Washington, segundo a agência Reuters.
Bolton assegurou durante um
colóquio que o caso do Sahara Ocidental é o seu "exemplo
favorito" em termos das repercussões que uma missão de paz
internacional pode ter, na medida em que, com elss, há um risco de
se por fim ao " pensamento criativo ".
"O sucesso não é
simplesmente continuar a missão", acrescentou, referindo-se às
sucessivas renovações de mandato que o Conselho de Segurança da
ONU geralmente aprova. No caso da MINURSO, a última prorrogação de
seis meses foi aprovada no final de outubro.
Embora Bolton tenha dito que
tem "enorme respeito" pelo trabalho de mediação realizado
durante estas quase três décadas, perguntou: "como pode ser
justificado" que a situação continue como era em 1991? foi
para realizar um referendo para 70.000 eleitores, (mas) 27 anos
depois, o status do território continua por resolver ",
lamentou.
"Não há como resolver
isso?", interrogou ele, no meio de uma discussão em que lembrou
que a resolução deste tipo de conflito "libertaria" os
recursos alocados às missões de paz para dedicar a questões
fundamentais em matéria de desenvolvimento.
O Sahara Ocidental continua no
limbo político desde que deixou de ser colónia espanhola em 1974 e,
pelo menos até agora, os esforços promovidos pela ONU foram em vão,
já que o governo marroquino só contempla a autonomia e a Frente
Polisario, que controla a autoproclamada República Árabe Saharaui
Democrática (RASD), reclama a possibilidade de independência.
O atual enviado das Nações
Unidas, o ex-presidente alemão Horst Köhler, alcançou um marco sem
precedentes nos últimos anos ao reunir em Genebra representantes da
Polisario e de Marrocos, bem como os governos da Argélia e da
Mauritânia. As partes concordaram em se reunir novamente no início
de 2019.
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