WASHINGTON
(Agência APS) – O emissário da ONU para o Sahara Ocidental,
Horst Kohler, é esperado em janeiro em Nova Iorque para relatar ao
Conselho de Segurança o ocorrido na última ronda de negociações
de Genebra e as iniciativas que conta empreender com vista ao
relançamento do processo das Nações Unidas.
O
Conselho de Segurança provavelmente receberá nesta reunião mais
relatório de informação elaborado pelo Departamento de Operações
de Manutenção da Paz da Missão da ONU para o Referendo no Sahara
Ocidental (MINURSO), cujo mandato termina em 30 de abril, indica a
agenda provisória deste órgão da ONU para o mês de janeiro.
Essas
consultas ocorrem em conformidade com a resolução 2440, que
solicita ao Secretário-Geral da ONU que mantenha o Conselho de
Segurança informado sobre os acontecimentos no Sahara Ocidental,
três meses após a adopção da resolução ou sempre que ele
considere oportuno.
Segundo
a mesma fonte, a reunião provavelmente será sancionada por uma
declaração em que o Conselho de Segurança deverá saudar as
primeiras conversas em Genebra, reiterando o apoio a Horst Kohler,
destacando o impulso gerado pela retomada das negociações diretas
entre as duas partes no conflito, a Frente Polisario e Marrocos.
De
há um ano para cá, a questão do Sahara Ocidental está de volta em
força à agenda de paz do Conselho de Segurança, apoiada pelos
Estados Unidos, que querem pôr fim a esse conflito congelado.
Jonathan Cohen vice-presidente da representação dos EUA no Conselho de Segurança da ONU |
Washington,
irritado com o bloqueio do processo de paz, manteve a pressão no
Conselho de Segurança para apoiar o reatamento das negociações
paralisadas desde 2012.
A
delegação dos EUA na ONU evocou em outubro passado uma "nova
abordagem" dos Estados Unidos para a resolução deste conflito,
dizendo que não pode mais haver "Negócios como de costume"
(“Business as usual”) com a MINURSO e o Sahara Ocidental .
"Primeiro,
não pode haver mais status quo no Sahara Ocidental. Em
segundo lugar, devemos dar todo o nosso apoio ao enviado pessoal
Kohler nos seus esforços para alcançar uma solução política
justa, duradoura e mutuamente aceitável que permita a
autodeterminação do povo do Sahara Ocidental ", disse o
vice-embaixador norte-americano, Jonathan Cohen.
Afirmativo,
Jonathan Cohen sublinhou que « o Conselho de Segurança não deixará
que a MINURSO e o Sahara Ocidental caiam no esquecimento».
Apenas
dois meses após a votação que prolongou o mandato da MINURSO, a
Casa Branca, através da voz do chefe do Conselho de Segurança
Nacional (NSC), John Bolton, expressou frustração com o impasse
sobre a questão do Sahara Ocidental, dizendo que era tempo da missão
da ONU cumprir seu mandato.
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