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- Jesús Cabaleiro Larrán -01/04/2019 - O documentário ‘Hamada’
sobre os acampamentos de refugiados de Tindouf foi duplamente
premiado no “Festival de Cinema Documental do Real” que se
realizou em Paris de 15 a 24 de março de 2019.
O
documentário do diretor espanhol Eloy
Domínguez Serén, de 33 ano, que desde 2012 vive na Suécia,
recebeu o prémio Loridon Ivens / CNAP, no valor de 6.500 euros e o
Prémio da Juventude (15.000 euros).
O
filme já havia recebido no ano passado vários prémios,
nomeadamente no Festival Internacional de Gijón (FICX), no festival
internacional de documentários de Amsterdão e o prémio de diretor
revelação no quinto festival de documentários do Porto.
Trata-se
de uma coprodução da Suécia, Noruega e Alemanha, com uma duração
de 88 minutos.
O
realizador galego viajou ao acampamento saharaui de Bojador para
ensinar cinema e decidiu um documentário, uma aproximação “íntima
e emocional” ao Sahara.
O
filme dá, com humor e situações inesperadas, um retrato incomum de
um grupo de amigos que vivem num campo de refugiados no meio do
deserto, reparando Mercedes e Land Rover, embora não ultrapassem o
arame farpado e as paredes que os querem reter e deixá-los
invisíveis.
Um
campo minado e o segundo maior muro militar do mundo, construído por
Marrocos, separa esses amigos da sua terra natal, da qual só ouviram
falar nas histórias que os seus pais lhes contaram.
Assim
se perfilam as gerações a quem Marrocos negou o país em 1975.
Destaca-se em particular o desempenho das mulheres, que têm um papel
preponderante no dia-a-dia.
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