Artigo
de opinião de Mamia Salec Baba - 13 de abril de 2019 – Poemario
por un Sahara Libre - Acreditávamos que as negociações em curso
entre Marrocos e a Frente Polisario, sob a mediação do antigo
presidente alemão e enviado especial da ONU para o Sahara Ocidental,
Horst Kohler, garantissem uma solução coerente para o povo saharaui
no exílio há mais de 40 anos e vivendo em condições muito duras.
A
Frente Polisrio pede que os saharauis decidam livremente o que querem
ser. A alternativa mais democrática é através de um referendo de
autodeterminação. Enquanto Marrocos se fecha na solução
autonómica como a única saída.
Marrocos
não quer negociar, quer arrastar o tempo para que o povo saharaui
perca a esperança. Rejeita tudo o que o Polisario pede, como a
libertação dos presos políticos ou a permissão à entrada de
observadores internacionais nos territórios ocupados e da imprensa
internacional.
A
partir dos anos 70, os primeiros refugiados saharauis que escaparam
aos bombardeamentos começaram a chegar, repartiram-se por 5
acampamentoss. Desde então, que esperam a promessa da ONU de
realizar um referendo para poderam regressar à sua terra.
Progressivamente
a ajuda humanitária que chega é menor, as condições climáticas
são muito difíceis. A juventude não vê futuro na ausência de uma
perspectiva de solução. Enquanto isso, nos territórios ocupados,
os saharauis estão condenados a viver sob o terror das contínuas
violações dos direitos humanos pela força de ocupação
marroquina.
Chegou
a hora de a ONU acabar com esta farsa de negociação e status quo
indefinido. O povo saharaui deve pronunciar-se num referendo justo,
já que a história exige-nos e não podemos conceder a Marrocos o
que o direito internacional não lhe reconhece. Mais de 40 anos são
suficientes para uma povo dividida por um muro de 2700 km.
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