A 13
de Março, no Tribunal de Primeira Instância de Salé, irá prosseguir o
julgamento do grupo de presos politicos saharauis conhecido como grupo de Gdeim
Izik. Neste julgamento irão participar observadores de Espanha, França,
Portugal e Noruega, destacando-se ainda a participação de Paloma Lopez,
vice-presidente do Intergrupo para o Sahara Ocidental do Parlamento Europeu e
euro deputada da IU ( Izquierda Unida).
A
vice presidente do Intergrupo do Parlamento Europeu, assinala que “é indispensável
a presença de observadores internacionais porque o processo violou todas as
garantias judiciais desde o princípio”.
Lopez
denuncia as ilegalidades do processo: Marrocos congelou a decisão do Tribunal
de Cassation que anula a primeira sentença militar e durante estes 4 anos o
grupo de Gdeim Izik esteve detido e foi sistematicamente torturado. De facto,
nem se pode sequer considerar que este novo processo cumpra os standards
mínimos de legalidade, uma vez que “se vai celebrar num tribunal extraterritorial,
situado fora dos territórios ocupados do Sahara Ocidental”, explica a eurodeputada.
Jon
Rodríguez, outro observador e responsável do Grupo de Trabalho sobre Médio
Oriente e África da Comissão Federal de Relações Internacionais da IU, adverte
que o julgamento, ao celebrar-se em Salé, Rabat, “é em si mesmo um ato contrário
ao direito internacional, que reconhece o Sahara Ocidental como um território
pendente de descolonização e dita que os habitantes de territórios ocupados
devem ser julgados no mesmo, independentemente da autoridade que o faça”.
A
delegação da Izquierda Unida inclui ainda Amaia Arenal, vereadora da
UdalBerri–Bilbao en Común; o vereador de Irabazi Zumarraga, Unai Orbegozo; o
porta voz de Ahora Madrid en Villa de Vallecas, Alejandro Sanz, e o advogado
Francisco Serrano, que é membro da Associação Internacional de Juristas para o
Sahara.
De
França irá participar Michèle Decastre da AFASPA (Associação Francesa de
Amizade com os Povos de África), a advogada Aline Chanu e a jornalista Rosa Moussaoui.
De
Espanha irão ainda Rosário García Diaz da Fundación Sahara Occidental (FUSO) e
Cristina Benitez Lugo.
Tone
Moe Sorefon da associação RAFTO da Noruega e Isabel Lourenço de Portugal, que é
membro da FUSO e do porunsaharalibre.org também participarão.
Claude
Mangin, esposa de Naama Asfari, um dos acusados, irá novamente tentar assistir
ao julgamento, recordamos que foi expulsa de Marrocos, na ultima sessão, não
tendo podido sair do aeroporto e sendo forçada a regressar à Europa.
Espera-se
a participação de vários jornalistas e mais observadores neste julgamento.
Fonte:
Porunsaharalibre.es
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