Nova
Iorque, 21 de julho de 2019 (SPS)- A Frente POLISARIO, através da
sua representação junto da ONU, escreveu ao embaixador Gustavo
Meza-Cuadra, representante permanente do Perú nas Nações Unidas e
presidente em funções do Conselho de Segurança da ONU, para
chamar a sua atenção sobre as contínuas e crescentes violações
dos direitos humanos cometidas por Marrocos contra civis saharauis na
parte ocupada do Sahara Ocidental.
Sidi
Mohamed Omar, representante da Frente POLISARIO para as Nações
Unidas, lamenta que os incidentes da última sexta-feira tenham
ocorrido na presença da Missão das Nações Unidas para o Referendo
no Sahara Ocidental (MINURSO) no Território, que permanece sob
responsabilidade total das Nações Unidas.
Nesse
sentido, tendo em conta a gravidade dos atos brutais e da repressão
desencadeada por Marrocos nas áreas ocupadas do Sahara Ocidental, o
chefe da diplomacia da POLISARIO na ONU pediu ao Conselho de
Segurança para fornecer à MINURSO poderes semelhantes a outras
operações de manutenção da paz das Nações Unidas, incluindo a
capacidade de monitorizar, proteger e informar sobre a situação dos
direitos humanos.
O
representante saharaui condena veementemente o atroz ataque
perpetrado pelas forças de segurança marroquinas contra civis
saharauis inocentes nas zonas ocupadas do Sahara Ocidental e exigie a
condenação de Marrocos pelos crimes atrozes perpetrados pelas suas
forças de segurança contra a população saharaui.
A
Frente POLISARIO adverte que em El Aaiún, que está sob cerco das
forças de segurança marroquinas com reforços trazidos do interior
do Marrocos, possa ocorrer uma nova onda de repressão brutal.
O
governo saharaui, em comunicado divulgado esta sexta-feira pelo
Ministério da Informação em resposta a declarações do ministro
de Estado de ocupação marroquina relacionadas com o conflito
saharaui-marroquino e a questão dos direitos humanos, disse que são
declarações amnésicas e infundados que procuram fazer acreditar ao
povo marroquino que nada se passa nas Zonas Ocupadas. Pretendem fazer
passar a mensagem que a RASD é uma instituição fictícia, quando
os ministros do palácio sabem que nenhuma nação reconhece a
soberania marroquina sobre o Sahara Ocidental e que quatro décadas
mostraram ao rei, à sua diplomacia e aos serviços de inteligência
marroquinos que a RASD é uma realidade indestrutível, alcançada
através de sacrifícios da luta de um povo.
No
caso dos direitos humanos, os graves incidentes desta sexta-feira, a
repressão, os crimes, os atentados perpetrados vêm ilustrar que "os
ministros do palácio queriam passar por cima do consenso de
organizações internacionais de direitos humanos que condenam o
sofrimento, a repressão nas Zonas Ocupadas, a tortura sistemática,
a perseguição, os julgamentos deliberados, as penas severas e a
imposição de um cerco marcial no território, o veto à entrada da
imprensa e observadores estrangeiros no território para conhecer in
loco a situação dos direitos humanos. "
Nesse
sentido, o comunicado do Governo saharaui condena veementemente a
política de repressão, os crimes de guerra e os crimes contra a
humanidade que o Reino de Marrocos continua a praticar contra o povo
saharaui e exige que as Nações Unidas e a União Africana assumam
as suas responsabilidades para acabar com a ocupação ilegal
marroquina do território saharaui ".
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