Lisboa
(Portugal), 30 de novembro de 2022 – O Representante da Frente Polisario nas
Nações Unidas e Coordenador com a MINURSO, Dr. Sidi Mohamed Omar, afirmou que
"só há uma forma pacífica de resolver o conflito do Sahara Ocidental e que
é o Plano de Paz acordado por ambas as partes, a Frente Polisario e Marrocos,
com a aprovação do Conselho de Segurança em 1990 e 1991.
Em
entrevista à Agência noticiosa portuguesa (LUSA), o diplomata saharaui explicou
que "a missão do Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU para o Sahara
Ocidental, Staffan de Mistura, é trazer o povo saharaui ao Sahara Ocidental a
fim de resolver o conflito no Sahara Ocidental. Staffan de Mistura - afirmou
Sidi Omar - “tem uma tarefa difícil, mas
não impossível, se o Enviado Pessoal obtiver apoio suficiente do Conselho de
Segurança, dada a falta de vontade política de Marrocos para avançar para uma
solução pacífica e justa, em paralelo com a incapacidade do Conselho de
Segurança de exercer a pressão política necessária sobre Marrocos para cumprir
as suas obrigações ao abrigo do Plano de Resolução ONU-África, que foi acordado
pelas duas partes em Agosto de 1988".
Neste
contexto, o Representante da Frente Polisario nas Nações Unidas e Coordenador
com a MINURSO salientou que "se o Sr. Staffan de Mistura não receber o
apoio necessário do Conselho de Segurança da ONU, o seu destino será o mesmo
que o dos seus antecessores, a começar pelo antigo Secretário de Estado dos
EUA, James Baker".
Omar Sidi, durante a conferência que proferiu na Faculdade de Direito de Lisboa |
Em
resposta a uma pergunta sobre se a Frente Polisario está pronta a sentar-se à
mesa das negociações com Marrocos, o diplomata saharaui declarou que "a
Frente Polisario sempre esteve aberta e pronta a entrar em negociações diretas
com Marrocos, a fim de discutir formas de retomar o processo de paz conducente
à realização de um referendo sobre a autodeterminação do povo saharaui, em
conformidade com as resoluções da ONU e com base nos princípios da legalidade
internacional, que afirmam o direito do povo saharaui à autodeterminação".
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