Najat Belkacem e François Hollande |
Najat Belkacem, a nova ministra da Educação
no governo Valls, de origem marroquina, será uma espia do rei de Marrocos? Em
todo o caso é o que deixam entender informações difundidas por blogs de
informação marroquinos e franceses.
Já em fevereiro de 2012, quando a
jovem militante do Partido Socialista francês não tinha ainda acedido ao Eliseu,
mas afirmava já claramente as suas ambições políticas, o jornalista marroquino
Ali Amar [autor do livro "Mohamed VI, o grande mal-entendido". Edições
Calmann-Lévy, 2009. Obra interdita em Marrocos] escrevia no seu blog Vox Maroc no
Monde.fr que Najat Belkacem é «a espia do rei que sonha com o Eliseu».
A 7 de abril de 2014, o blog francês pourquinousprendton.blogspot.com retoma
a informação e relembra o que o jornalista marroquino «denunciava» como sendo
uma «dupla carrieira política de Najat Belkacem» em França e em Marrocos. Assim,
segundo aqueles websites, a ministra francesa «faz parte, desde 2007, dos 37
membros do Conselho consultivo de Marroquinos no Estrangeiro (CCME) diretamente
nomeados por Mohamed VI».
Amar Ali revela que a ministra leva a
cabo uma "dupla carreira política em simultâneo, uma em França e outra em
Marrocos, pois já antes de trabalhar para Ségolène e François Hollande, Najat
Belkacem trabalhava em primeiro lugar para o Rei de Marrocos, precisando que
"Najat Belkacem "recebe, enquanto membro do CCME, emolumentos cujo
montante é quase um segredo de Estado". Informação confirmada pela "Embaixada
de Marrocos em França, bem como pelo sítio do CCME", precisa Ali Amar.
O
jornalista, muito bem informado, refere: «Ah, le CCME ! Pour ceux qui ne savent ce
qui se cache derrière cet acronyme, c’est, pour résumer, la machine de
propagande du royaume à l’international, sa cinquième colonne, son meilleur
vecteur de fadaises et de mensonges sur ce Maroc qui serait en pointe de tout,
un Maroc aussi éclairé que clairvoyant, un Maroc où la démocratie a subitement
bourgeonné avec le règne de Mohammed VI, un Maroc où il fait bon vivre sous le
soleil. A sa tête, le roi a nommé Driss El-Yazami, un repenti, une figure de la
lutte anti-Makhzen qui a tourné sa cuti et utilise avec cynisme son carnet
d’adresses français pour tromper son monde, car qui pourrait le démasquer, lui
qui a si souffert de la dictature marocaine !»
Para o jornalista marroquino, «Najat
Belkacem esconde bem o seu jogo». E revela que face aos jornalistas marroquinos,
«ela assume totalmente esta dupla faceta política e binacional».
Em entrevista ao website informativo marroquino
Bladi.net, ela explicava, sem pestanejar, sublinha Ali Amar, que o conselho
"se pronunciará sobre os temas que lhe sejam apresentados por Sua Majestade."
"Se ela fosse uma toupeira de Merkel isso suscitaria uma enorme indignação.
Mas com o Marrocos do beija-mão, da tortura, das prisões secretas, da máfia
económica qual a importância disso?" Indigna-se o Jornalista marroquino que
escreve: " os dinossauros socialistas superaram os seus colegas da direita
no compromisso chérifiano, alguns a troco de uma noite VIP no La Mamounia, outros
por uma noite de gala num dos palácios do "rei dos pobres". "
Meriem Sassi
Fonte Algerie Patriotique
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