domingo, 1 de setembro de 2019

Resposta da Comissária Federica Morgherini ao eurodeputado João Ferreira




Sexta, 30 de Agosto de 2019 porunsaharalibre - - A alta comissária Federica Morgherini respondeu à pergunta do eurodeputado português João Ferreira sobre a morte de uma jovem saharaui de 24 anos, às mãos das autoridades marroquinas refugiando-se em lugares comuns e dizendo que a UE acompanha a situação através do CNDH (conselho nacional de direitos humanos de Marrocos). O CNDH não é outra coisa que uma extensão do Reino Alauita para dar a ilusão de democracia é justificar as somas escandalosas recebidas da União Europeia.

P-002380/2019
Resposta dada pela vice-presidente Federica Mogherini em nome da Comissão Europeia - (29.8.2019)
A UE está a par da morte trágica de uma jovem de 24 anos, em Laiune, após a vitória da Argélia na Taça das Nações Africanas. Segundo as autoridades marroquinas, está em curso um inquérito para clarificar as circunstâncias em que ocorreu esta morte.
A democracia e os direitos humanos são componentes essenciais da política externa da UE e do diálogo com países parceiros, como Marrocos. A 14.a reunião do Conselho de Associação UE-Marrocos, que se realizou em 27 de junho de 2019, constituiu uma ocasião para um debate de alto nível sobre questões de direitos humanos. A Declaração Política Conjunta adotada durante o Conselho de Associação também sublinha os direitos humanos e os valores comuns enquanto domínio essencial da futura cooperação.
A União Europeia acompanhará a situação dos direitos humanos em Marrocos e no Sara Ocidental por meio de contactos regulares com as autoridades competentes, incluindo o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e os seus gabinetes regionais, bem como as organizações da sociedade civil e os defensores dos direitos humanos.

Presidente de Timor-Leste reitera o apoio do seu país a à luta do Povo Saharaui




Dili, 31 de Agosto de 2019 (SPS) - O presidente da República Democrática de Timor-Leste, Francisco Guterres da Costa (Lú-Olo) realçou o firme apoio do seu país à justa luta do povo saharaui pela sua autodeterminação e independência. As declarações do presidente timorense foram proferidas na cerimónia oficial de comemoração do 20.º aniversário do referendo de autodeterminação que deu a liberdade e a independência ao povo timorense.

“Não podemos comemorar o vigésimo aniversário do referendo de autodeterminação do povo timorense sem fazer uma menção ao povo irmão do Sahara Ocidental. Em nome do povo timorense, aproveito a ocasião para expressar o nosso mais profundo sentimento de solidariedade”, salientou o mandatário no seu discurso ante as delegações internacionais e corpo diplomático acreditado em Dili.
Francisco Guterres da Costa assinalou no seu discurso que “em Timor-Leste continuaremos a estender a mão de apoio e solidariedade ao povo do Sahara Ocidental. É a posição do povo timorense, como povo solidário com as causas justas e como povo que se posiciona do lado da defesa dos direitos humanos”.
A causa saharaui e a luta pela autodeterminação estiveram muito presentes na comemoração de uma efeméride histórica que fez triunfar a legalidade internacional e que pôs fim a um processo de descolonização similar ao processo que se vive no Sahara Ocidental.
A República Democrática de Timor-Leste, pais do Sudeste Asiático, foi colónia de Portugal até 1975, altura em que foi ocupado pela Indonésia até que a ONU liderou os trabalhos da comunidade internacional para realizar em 1999 o ansiado referendo de autodeterminação. Após uma administração por parte da ONU (1999-2002), a 20 de maio de 2002 Timor-Leste foi declarado Estado soberano e membro das Nações Unidas.