segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Guerra no Sahara Ocidental: Comunicados militares nº. 470 a 472

Unidades anti-aéreas do exército de libertação saharaui

 

O Ministério de Defesa da RASD emitiu os comunicados referentes aos últimos três dias de reatamento da guerra de libertação contra o ocupante marroquino.


Comunicado militar nº 472

Segunda-feira, 28 fevereiro 2022

01 e 02 - Destacamentos do exército saharaui  flagelaram com fogo de artilharia forças de ocupação marroquinas nas áreas de Guerat Uld Blal e de Sabjat Tanuchad, no setor de Mahbes (nordeste do SO).

03 - Unidades do ELPS bombardearam tropas de ocupação posicionadas na região de Adeim Um Ajlud, no setor de Auserd (sul do SO).


Comunicado militar nº 471

Domingo, 27 fevereiro 2022

01 e 02 – Bombardeadas posições do exército ocupante marroquino no setor de Mahbes (nordeste do SO), nas áreas de Rus Shismiya e de Udey Al Dhamran.


Comunicado militar nº 470

Sábado, 26 fevereiro 2022

01 e 02 – Unidades do Exército de libertação do Povo Saharaui bombardearam posições inimigas nas zonas de Grarat Alfarsik e de Udey Emarkba, ambas no setor de Mahbes (nordeste do SO).

Fonte: SPS


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Guerra no Sahara Ocidental: Comunicados militares nºs. 462 a 469



O Ministério de Defesa da RASD emitiu os comunicados referentes aos últimos oito dias de reatamento da guerra de libertação contra o ocupante marroquino.


Comunicado nº 469

Sexta-feira, 25 fevereiro 2022.

01, 02, 03, 04 e 05 - Bombardeadas posições marroquinas nas áreas de Güerat Ould Balal, Laagad, Sabjat Tinushad, Rus Sebti e Rus Udey Al Dhamran, todas na região de Mahbes (nordeste do SO).

06 e 07 - Outras unidades atacaram pelo segundo dia consecutivo posições entrincheirdas das forças ocupantes deslocadas nas áreas de Tandakma Al Bayda e Umm Edeguen, no setor de Bagari (centro do SO).


Comunicado nº 468

Quinta-feira, 24 fevereiro 2022.

01 e 02 – Bombardeadas as áreas de Tandakma Al Bayda e Umm Edeguen, ambas no setor de Bagari (centro do SO)

03 – Outros destacamentos do ELPS lançaram um ataque intenso de artilharia sobre o exército de ocupação marroquino na área de Azmul Um Jamla, no setor de Um Dreiga (centro do SO), onde foi observada uma densa coluna de fumo saindo da base inimiga e fortes explosões sacudiram o interior da base bombardeada.

04 e 05 - Unidades avançadas do Exército de Libertação Saharaui lançaram um ataque  contra uma concentração das forças de ocupação marroquinas na zona de Graret Al Atsa, asim como uma ofensiva armada contra o quartel general do 43º Corpo das FAR marroquinas, situado na área de Umaytir Lemjeinza, ambas subsectores da região de Mahbes (nordeste do SO).


Comunicado nº 467

Quarta-feira, 23 fevereiro 2022.

01 – Bombardeadas as forças de ocupação entrincheiradas na área de Rus Sebti, na região de Mahbes (nordeste do SO).

02 e 03 - Outras unidades lançaram ataques de artilharia contra posições das forças marroquinas ocupantes nas áreas de Amgali Al Dachra e Amgali Labakr, na região de Amgala (nordeste do SO).


Comunicado nº 466

Terça-feira, 22 fevereiro 2022.

01 - Bombardeamento de posições entrincheiradas das forças inimigas na área de Graret Al-Farsik, no setor de Mahbes (nordeste do SO).

02- Bombardeio intenso contra as trincheiras das forças de ocupação na zona de Udei Um Rukba, também no sector Mahbes.


Comunicado nº 465

Segunda-feira, 21 fevereiro 2022.

01 - Intensos bombardeamentos sobre posições inimigas na zona de Russ Targánat, no sector de Hauza (norte do SO).


Comunicado nº 464

Domingo, 20 fevereiro 2022.

01 - Intensos bombardeamentos sobre posições inimigas na zona de Sabjat Tanuchad, no setor de Mahbes.

02 e 03 - Outras unidades levaram a cabo bombardeios sobre as zonas de Lagseibi Lamlas e Legseibi Al-Kasir, ambas no setor de Hauza (norte do SO).

04 – Bombardeadas as forças de ocupação na zona de Aadeim Um Ajlud, no setor de Auserd (sul do SO).


Comunicado nº 463

Sábado, 19 fevereiro 2022.

01, 02 e 03 – Bombardeadas as zonas de Al-Aría, Lairán, Aagad Argán e Guerat ULD Blal, todas no setor de Mahbes (nordeste do SO).

04 – Outras unidades bombardearam a base de comando do  65º batalhão inimigo na zona de Laaked, setor de Mahbes.

05 – Bombardeadas igualmente forças de ocupação na zona de Russ Lagteitira, setor de Hauza (norte do SO), com destruição da base inimiga.

06 - Outros destacamentos do exército saharaui levaram a cabo ataques concentrados contra posições marroquinas na zona de Um Edeguen, no setor de Bagari (centro do SO).


Comunicado nº 462

Sexta-feira, 18 fevereiro 2022.

01 - Unidades do ELPS bombardearam posições inimigas em Umm Edeguen, no setor de Bagari (centro do SO)

Fonte: SPS


terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Comércio com territórios ocupados contribui para abusos de direitos - afirma a Human Rights Watch



“Por Un Sahara Libre” – 21/02/202 - Na sua última declaração, a Human Rights Watch analisou as implicações legais do comércio com assentamentos em territórios ocupados, como a Palestina, territórios ocupados como o Sahara Ocidental e outras partes do mundo.

De acordo com a HRW, a Comissão Europeia deve proibir o comércio da UE com assentamentos em territórios ocupados globalmente. A HRW Watch disse que assinou uma Iniciativa de Cidadãos Europeus (ECI). A iniciativa liderada pelos cidadãos, registada na Comissão Europeia em setembro de 2021 e iniciada em 20 de fevereiro de 2022, pede a adoção de legislação para proibir a entrada de produtos originários de assentamentos ilegais no mercado da UE e proibir as exportações da UE para assentamentos.

A HRW explicou o contexto legal da transferência da população civil de uma potência ocupante para um território militarmente ocupado que viola a Quarta Convenção de Genebra e, de acordo com o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, é um crime de guerra. O comércio de produtos produzidos em assentamentos e em ou em território ocupado ajuda a sustentar essas violações do direito internacional humanitário. Também consolida os abusos de direitos humanos que muitas vezes resultam de assentamentos, incluindo confiscamento de terras, exploração de recursos naturais e deslocamento e discriminação contra a população local.

“Os assentamentos roubam ilegalmente as populações locais das suas terras, recursos e meios de subsistência”, disse Bruno Stagno, chefe de advocacia da Human Rights Watch. “Nenhum país deve permitir o comércio de bens produzidos como resultado de roubo de terras, deslocamento e discriminação.”

A HRW afirma que a UE também deve proibir o comércio que contribui para a extração ilegal de recursos em territórios ocupados, o que também é uma violação do direito internacional humanitário.

A Human Rights Watch junta-se a mais de 100 organizações da sociedade civil, movimentos de base, sindicatos e políticos no apoio à iniciativa acima mencionada.

A iniciativa utiliza uma disposição destinada a permitir que os cidadãos europeus orientem a Comissão Europeia a considerar a ação legislativa proposta. Se acumular um milhão de assinaturas, a Comissão será legalmente obrigada a considerar a proibição do comércio de bens.

A Comissão recusou-se inicialmente a registá-lo, alegando que a iniciativa visava uma sanção. O Tribunal de Justiça Europeu anulou esta decisão em maio de 2021, concluindo que a Comissão não considerou a iniciativa como uma medida comercial geral. Essa decisão levou a Comissão a reverter o curso, registar a Iniciativa e reconhecer a sua autoridade para regular o comércio com assentamentos.


Sahara Ocidental


Como pode ser lido no comunicado:

“Os governos também têm a obrigação de não contribuir para a extração de recursos naturais em territórios ocupados que violam o direito internacional humanitário. Por exemplo, no Sahara Ocidental, as autoridades marroquinas exploram recursos naturais, inclusive pesca, agricultura e mineração de fosfato, mas não demonstraram que o obtiveram com o consentimento explícito do povo saharaui e que os recursos obtidos os beneficiam.

As importações para o Sahara Ocidental em 2020 ultrapassaram os 500 milhões de euros (567 milhões de dólares), segundo a Comissão Europeia.

“A UE considera os assentamentos ilegais e ainda não regulamenta o comércio de bens de assentamentos”, disse Stagno. “Se a UE quer que as suas posições sejam levadas a sério após décadas de ocupação militar e assentamentos ilegais em lugares como o Sahara Ocidental e a Cisjordânia, deve colocar seu dinheiro onde estão as suas declarações de compromisso.”


O Irão reafirma a sua decisão de apoiar o direito do povo saharaui à autodeterminação



ECS. Argel. | 22-02-2022 – No passado domingo em Argel, o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Assembleia Nacional Popular (NPA) da Argélia, Mohamed Hani, encontrou-se com dirigentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, afirmou a Assembleia Nacional argelina numa declaração.

No encontro foi discutido o estado das relações entre Argel e Teerão, bem como questões de interesse comum. Posteriormente, os funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano que participaram na reunião; Haciniane Mir, Diretora-Geral do Departamento do Médio Oriente, e Ali Gamchi, Diretor do Departamento do Norte de África, respectivamente, "expressaram o desejo do seu país de reforçar as excelentes relações parlamentares, especialmente após a inauguração do grupo de amizade", afirmando o empenho do Irão em "promover a cooperação bilateral nos domínios comercial e económico".

Na esfera externa, os funcionários salientaram também "a importância da coordenação bilateral" durante os vários fóruns internacionais "a favor da causa palestiniana", bem como o "apoio" do Irão à organização de um referendo que garanta o direito do povo saharaui à autodeterminação, em conformidade com a regulamentação internacional que rege a descolonização. No mesmo contexto, funcionários iranianos saudaram o "sucesso da diplomacia argelina em suspender o estatuto de observador da entidade sionista na UA".

Pela sua parte, o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento argelino “passou em revista as posições imutáveis da Argélia a favor de causas justas, em cuja primeira linha estão as questões palestiniana e saharaui, recordando o apego do seu país ao princípio da não ingerência nos assuntos internos dos Estados”, conclui a declaração.

Em Outubro passado, numa nota oficial divulgada, o Irão anunciou o seu "apoio inabalável" ao direito à autodeterminação do povo saharaui que vive sob ocupação militar marroquina. A República Islâmica do Irão reafirma o direito à autodeterminação do povo saharaui, em conformidade com a Resolução 1514 (XV) das Nações Unidas sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais'' refere a nota.

Na mesma linha, o Irão expressou o seu apoio às negociações em curso com vista a alcançar uma solução política justa, duradoura e mutuamente aceitável que permita a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental. Na declaração enfatizam: "Sublinhamos a importância do empenho das partes em continuar este processo no quadro das conversações patrocinadas pela ONU, sem condições prévias e de boa fé, de acordo com os objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas".

A República Islâmica do Irão reconheceu a RASD em 27 de Fevereiro de 1980, por ocasião do quarto aniversário da proclamação da RASD. Durante os anos da primeira guerra (1975-1991), o Irão prestou ajuda humanitária (cobertores e alimentos) aos refugiados saharauis. Anos mais tarde, em 2000, Teerão congelou as relações diplomáticas com a RASD sem retirar o reconhecimento diplomático.

18 anos após o rompimento com o governo do Aiatolá, mais precisamente em 2018, o Reino de Marrocos expulsou o embaixador iraniano e anunciou a ruptura das suas relações diplomáticas com o Irão sob o pretexto complacente de alegado apoio militar à Frente Polisario. O Irão negou as acusações e respondeu a Rabat que deveria lidar com os seus "problemas regionais". A Frente Polisario descreveu-os como "um grande embuste". O Irão, vivendo sob um embargo internacional sufocante, é o único país que não abandonou os seus aliados na mais negra das circunstâncias.


Parlamentares britânicos reafirmam apoio ao povo saharaui

A delegação saharaui recebida pelo grupo parlamentar do Parlamento Britânico


Londres 22-02-2022 - Membros do grupo parlamentar britânico de amizade com o povo saharaui renovaram o seu apoio à luta do povo saharaui pela independência e comprometeram-se a continuar a trabalhar no seio do Parlamento britânico para defender a sua causa.

Estes representantes britânicos eleitos reafirmaram a sua posição a favor da causa justa do povo saharaui e da sua luta pela autodeterminação, quando receberam, na segunda-feira à noite, no Parlamento britânico, uma delegação da Frente Polisario, liderada pelo representante da frente na Europa e na União Europeia (UE), Oubi Bouchraya Bachir, informou esta terça-feira a Agência de Imprensa Saharaui (SPS).

Na ocasião, a delegação saharaui informou os membros da mesa do grupo parlamentar britânico sobre a situação dos direitos humanos nos territórios ocupados e a contínua pilhagem dos recursos naturais, apelando ao governo britânico a desempenhar um papel positivo ao nível do Conselho de Segurança e a pressionar a parte marroquina a cumprir a legalidade internacional e a respeitar os acordos sobre a organização de um referendo sobre a autodeterminação no Sahara Ocidental.      

O encontro constituiu também uma oportunidade para a delegação saharaui informar os parlamentares britânicos sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com o conflito do Sahara Ocidental desde o reinício da luta na sequência da agressão cometida pelo exército marroquino a 13 de novembro de 2020 em Guerguerat, em violação do cessar-fogo.

A reunião também abordou a questão do novo Enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU, Staffan de Mistura, que visitou recentemente a região.

A reunião teve lugar na presença de Jeremy Corbyn, o antigo líder do Partido Trabalhista. A delegação saharaui, liderada pelo diplomata Oubi Bouchraya Bachir, incluía Sidi Braika, o representante da Frente Polisario no Reino Unido, e o seu adjunto, Hamdi Youssef.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Sahara Occidental: Brahim Ghali faz um apelo à UE para que seja parte da solução e não do problema





Bruxelas (ECS). 18-02-2022 - O Presidente e Secretário-Geral da Frente Polisario, Brahim Ghali, durante a sua intervenção na 6ª Cimeira UE-UA afirmou que "a União Europeia deve ser parte da solução e não parte do problema do conflito do Sahara Ocidental", acrescentando que "é tempo de a União Europeia acompanhar a União Africana de uma forma constante e séria para encontrar uma solução definitiva para a questão do Sahara Ocidental".

Falando na sessão de paz e segurança, Ghali "apelou à Europa para desempenhar um papel positivo no processo de encontrar uma solução e para se afastar da sua posição como parte do problema, contribuindo para reforçar as condições de paz, segurança e estabilidade na região do Norte de África e Sahel".

Depois de sublinhar a importância desta cimeira e dos seus objetivos para unificar a visão e os propósitos das duas organizações, o Presidente da República afirmou que, "para que haja uma paz duradoura no Sahara Ocidental, é necessário evitar a escalada de tensões neste conflito que dura há mais de quarenta e cinco anos, especialmente dada a situação prevalecente desde 13 de Novembro de 2020, que isso só será possível através da implementação de uma solução justa, baseada no respeito pela legalidade internacional e pelo princípio da descolonização".


Brahim Ghali pronuncia-se sobre a relação com o governo espanhol e o papel da UE no conflito



Sobre a relação com Espanha, o Presidente da RASD afirmou: "Esperamos que seja mais próxima, mais estável e sólida; e que a chantagem marroquina não a influencie".


Bruxelas (ECS) 18-02-2022 – O Presidente da República Saharaui, Brahim Ghali, deu uma entrevista à televisão espanhola Antena Tres. O líder saharaui falou sobre a possibilidade de abrir uma nova etapa nas relações entre a Espanha e a Frente Polisario. 

Questionado se a questão médica (o seu internamento por Covid) desencadeou uma tempestade política em Espanha, Ghali respondeu: "Sim, lamento que a Ministra dos Negócios Estrangeiros, Arancha González Laya, tenha pago por um gesto humanitário, e também não deveriam ter cedido a Marrocos nessa medida, é demasiado".

Na entrevista, Ghali abordou a relação com Espanha. "A relação com o governo espanhol... o que posso dizer, não é muito tíbia nem muito quente. Esperamos que seja mais próxima, mais estável e sólida, e que a chantagem marroquina não a influencie", disse Ghali.

Questionado sobre a carta enviada por Rabat aos eurodeputados pela sua presença na Cimeira EU-UA, Brahim Ghali afirma que é um sinal do desespero de Marrocos "porque a República saharaui está a ganhar terreno internacional". "De Marrocos, nada pode ser excluído", acrescentou.


Sobre o papel da União Europeia em relação ao conflito

O presidente saharaui define a atitude da Europa para com o povo saharaui como passiva: "Nunca sentimos uma participação ativa das autoridades europeias para que o peso da UE seja exercido e ajude a resolver este conflito que se arrasta há mais de 40 anos". Brahim Ghali apela a um maior envolvimento por parte da Alemanha e Espanha "como os dois países da UE que podem ajudar a resolver o conflito a partir da Europa".

Sobre o acordo de pesca, disse que o acórdão do Tribunal de Justiça da UE era muito importante: "Foi muito contundente, é um reconhecimento de que são dois territórios diferentes, e deve ser o ponto de referência nas negociações separadamente com Marrocos e o Sahara".


"O povo saharaui alcançará os seus objectivos"

Ghali declara a propósito de um referendo sobre a autodeterminação do Sahara Ocidental que sobre esta questão "a Espanha tem uma responsabilidade plena e total neste conflito. Tem de o assumir de uma forma ou de outra, hoje, amanhã ou em X tempo. A Espanha tem de se envolver mais, porque é a causa do que estamos a sofrer. O povo saharaui atingirá os seus objectivos, sofrerá, terá de fazer mais sacrifícios, mas está muito apegado aos seus direitos, à autodeterminação e à independência, e está a abrir os seus braços à boa vizinhança, inclusive com Marrocos".

Sobre Staffan De Mistura, o enviado Pessoal do Secretário-Geral da ONU para o Sahara Ocidental, o líder saharaui diz que "é o primeiro enviado a chegar a uma situação de guerra, e isso condiciona-o. Se tiver o total apoio do Conselho de Segurança da ONU, incluindo o apoio da França, penso que será capaz de seguir em frente. Ele deve analisar as razões que levaram os seus antecessores ao fracasso. Ou se Marrocos continuar a obstruir os esforços da comunidade internacional. É um processo que não é complexo, a solução é fácil e simples. Um dia de liberdade, urnas eleitorais, votos e respeito pelos resultados que saem das urnas eleitorais. Porque fogem desta situação, porque se opõem a uma situação democrática, de que têm medo? 



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

O apoio ao Sahara Ocidental e à Palestina "continua a ser um pilar central do nosso trabalho" - Afirma o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa

 


Cidade do Cabo (África do Sul) APS - O apoio à autodeterminação dos povos da Palestina e do Sahara Ocidental continua a ser um pilar central do trabalho do governo sul-africano em prol de uma ordem mundial justa, disse esta quarta-feira o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.

"Não podemos aceitar que ainda haja pessoas no século XXI que continuam a definhar sob ocupação colonial", disse Ramaphosa na sua resposta ao debate após o seu discurso sobre o Estado da Nação.

A África do Sul sempre apoiou a independência do Sahara Ocidental e o fim da ocupação sionista na Palestina.

Pretória considera o Sahara Ocidental como a última "colónia" do continente africano e apela à realização de um referendo sobre a autodeterminação neste território não autónomo.

Em Julho de 2021, a África do Sul opôs-se ferozmente à decisão do Presidente da UA, Moussa Faki, de conceder à entidade sionista o estatuto de observador, argumentando que a conduta da ocupação israelita "não está em conformidade com os valores consagrados no Ato Constitutivo da UA", decisão que foi suspensa na última cimeira da UA realizada a 5 e 6 de Fevereiro em Adis Abeba.

Militares marroquinos presos por fugirem à guerra no Sahara Ocidental



ECS. 16-02-2022 | Abdelaziz Abdi, escritor marroquino recentemente libertado, confirmou o que havia sido já revelado pela Frente POLISARIO sobre várias fugas e deserções nas fileiras das forças de ocupação marroquinas. Abdi afirmou que durante a sua estadia na prisão conheceu muitos soldados marroquinos que foram presos sob a acusação de terem fugido da guerra no Sahara Ocidental. O escritor marroquino baseado em Casablanca publicou isto na sua página do Facebook.




“A seca, a COVID-19 e o contexto global não são as únicas dificuldades de Marrocos; há também a guerra no Sahara. O custo do conflito no Sara tem sido sempre um obstáculo aos esforços de desenvolvimento de Marrocos, e o fim do cessar-fogo aumentou o volume de armamento e as despesas militares.

A guerra de desgaste travada pela Polisario é dispendiosa, e os ignorantes que acreditam que eles, a Polisario, são loucos, fazendo discursos livres, perdem credibilidade junto dos seus aliados.

A minha principal preocupação na prisão era fugir aos guardas e tentar contactar os detidos militares trazidos da frente de batalha por deserção ou rebelião, bem como outros casos envolvendo algum pessoal militar....

Todos eles... afirmam que há guerra e, além disso, são processados ao abrigo da lei penal militar relativa a operações militares, ou seja, por guerra...''.


Uma realidade já divulgada anteriormente, pois em Março do ano passado, o chefe dos serviços secretos saharauis, Sidi Ougal, declarou em declarações à imprensa que soldados marroquinos estão a fugir do campo de batalha para o interior de Marrocos e outros para Espanha, acrescentando que muitos dos soldados marroquinos que fugiram e foram capturados tinham sido julgados nos tribunais militares de Salé e Rabat.

Há já alguns meses que circulam audios, mensagens e mesmo um ou outro ocasional relatório militar de soldados e oficiais marroquinos destacados ao longo do muro de infâmia marroquino no Sahara Ocidental. Estes documentos registam o pânico e a histeria que o exército marroquino está a viver ao longo do muro.

O nervosismo e o transtorno são a nota dominante da situação nas covas e trincheiras dos soldados marroquinos. A situação é tão dramática que a dissolução e o caos das tropas obrigou o Makhzen a recrutar outro exército para guardar e controlar os soldados que estão praticamente a viver em cativeiro no muro.


Segundo uma análise do diplomata saharaui Mah Iahdih Nan publicada pela ECSaharaui, desde o início da guerra a 13 de Novembro de 2020, a lista de causas de morte dos soldados marroquinos utilizada pelo Makhzen tem sido variada: começaram com mordidas de cobras, depois com a COVID, depois com acidentes rodoviários, depois com acidentes com as suas próprias armas e até mesmo dizendo às suas famílias que tinham cometido suicídio. Ultimamente, quando já nenhuma destas versões era credível, começaram a prometer às famílias dos mortos na guerra uma indemnização substancial, desde que mantivessem a boca fechada e não espalhassem a palavra sobre a morte do seu parente.

Em áudios emitidos em redes sociais, que têm circulado entre os soldados e algumas das suas famílias: Um soldado fala do stress que sofre e vive menos de 24 horas por dia; comenta que até já passaram três noites sem dormir, à espera do próximo ataque do exército saharaui, segundo este soldado, a angústia e ansiedade que sofrem no muro deve-se ao facto de nunca saberem quando cairá o próximo obus ou míssil lançado pela Polisario e o soldado pergunta a si próprio: Sabem o grau de desespero e ansiedade causado por estar 24 horas por dia à espera do próximo ataque? - não pode imaginar -  responde a si próprio. Também alude ao facto de só poderem descansar quando são levados para o quartel da retaguarda, situado longe do muro. A certa altura, este soldado, com a sua voz quebrada, chega ao ponto de dizer que o stress e a tensão de esperar pelo próximo bombardeamento saharaui é ainda pior do que o caos causado pelo fogo da sua artilharia.

Numa mensagem de outro militar que se descreve a si próprio como um oficial estacionado na parte central do muro e que a envia ao seu irmão, ele fala-lhe das dificuldades das condições logísticas e materiais em que o exército marroquino, estacionado no muro, está a viver. Explica a escassez de provisões e a má qualidade dos alimentos, bem como a desmoralização e desorientação dos soldados. Numa outra parte da sua comunicação, refere-lhe a morte de 9 soldados, vítimas de um bombardeamento da Polisario, e refere-se a um deles, um rapaz de 20 anos, que tinha acabado de chegar, que só tinha estado estacionado no muro durante dois dias. Explica também ao seu irmão que a maioria dos soldados combate o medo e o medo causados pelos ataques da Polisario ao fumar haxixe. Num outro ponto da sua comunicação, diz-lhe que os soldados da Polisario parecem fantasmas, diz ele, que há uma semana vieram à noite, sem ninguém saber, e desactivaram todo um campo de minas que protegia a sua base e as levaram embora.

Outro soldado envia uma mensagem a um amigo, explicando o terror e o desespero sofridos por todos os seus camaradas, vítimas do alarme constante em que vivem. Fala-lhe do cansaço psicológico e moral causado pelo terror de esperar para morrer num dos lugares mais inóspitos da Terra. Fala-lhe do estado permanente de nervosismo de que sofrem por não saberem de onde e quando virá o perigo. Menciona pelo nome um amigo mútuo deles que morreu com um grupo de soldados que viajavam num camião quando uma mina explodiu.


Várias imagens do sistema defensivo das FAR marroquinas no muro

Uma irmã de um militar estacionado na zona de Mahbes, uma das mais atingidas pelos ataques do ELPS, conta a experiência do seu irmão: "Quando estamos no muro, não conseguimos dormir um segundo, não conseguimos descansar. As forças da Polisario não parecem dormir ou descansar, porque somos bombardeados a todas as horas, quer sejam três horas da tarde a 60 graus ou quatro horas da manhã a 2 graus Celsius. Conta que o seu irmão lhe disse que a base onde ele está estacionado foi queimada duas vezes e que em ambas as ocasiões os seus camaradas do pelotão foram mortos, e que numa das ocasiões ele escapou pela pele dos seus dentes e na outra ele estava na área de descanso longe do muro.

O que não podemos duvidar é que as experiências relatadas nos relatos dos soldados marroquinos mais do que atestam as calamidades e adversidades sofridas pelos militares marroquinos na guerra do Sahara Ocidental. Isto explica claramente o nervosismo e a impotência que se apoderaram das estruturas do Makhzen marroquino, que o lançaram numa deriva agressiva e descontrolada, conduzindo-o aos braços do Estado sionista e terrorista de Israel e antagonizando todos os seus vizinhos e aliados históricos.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Brahim Ghali, Presidente da República Árabe Saharaui Democrática e SG da Frente POLISARIO chega a Bruxelas para participar na 6ª Cimeira UE-UA

 


Bruxelas (ECS) 16-02-20212- O Presidente da República saharaui, Brahim Ghali, chegou há poucos minutos ao Aeroporto Internacional de Bruxelas Zaventem para participar na 6ª Cimeira UE-UA que se realiza esta quinta e sexta-feira na capital política da União Europeia.




O presidente saharaui foi recebido por uma importante delegação chefiada pelo representante da Frente Polisario junto da UE, Oubbi Bouchraya Bachir, e por membros da delegação saharaui.

 

As pressões e chantagens marroquinas

Segundo relata no Twitter o deputado espanhol Miguel Urbán Crespo, Marrocos enviou às instituições europeias e aos deputados europeus uma carta na qual ameaça a União Europeia com a sua habitual chantagem e mentira", tendo em conta a já então previsível participação do presidente saharaui na Sexta Cimeira UE-UA.

Por seu lado, o representante da Frente Polisario na Europa e na União Europeia (UE), Oubbi Bouchraya El Bachir, considera que a participação da República Saharaui na cimeira da parceria Europa-África veio confirmar que o Estado saharaui "é uma realidade nacional, continental e internacional irreversível".


O que diz o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros

Por sua vez, o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano, declarou que a cimeira é organizada conjuntamente pela UE e pela UA, salientando que os membros da organização africana participam a convite da UA e que a UE não pode interferir nas decisões da UA, recordando no entanto que a União Europeia não reconhece a República Saharaui apesar de esta participar como membro da organização pan-africana.

Na mesma linha, reiterou a posição europeia sobre o conflito do Sahara Ocidental, apoiando uma solução no quadro das resoluções e esforços da ONU.

Refira-se que o Tribunal de Justiça Europeu considerou que o Sahara Ocidental não faz parte de Marrocos, sendo Estados completamente distintos e separados, e nesta base anulou os acordos UE-Marrocos por incluírem ilegalmente os territórios ocupados saharauis.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Guerra no Sahara Ocidental: Comunicados militares nº. 457 a 461

 


O Ministério de Defesa da RASD emitiu os comunicados referentes aos últimos cinco dias de reatamento da guerra de libertação contra o ocupante marroquino.

 

Comunicado nº 461

Terça-feira, 15 fevereiro 2022

01 - Bombardeio sobre as trincheiras das forças inimigas na zona de Udey Al Dhamran, no setor de Mahbes (nordeste do SO).

02 - Bombardeamanto de posições das FAR marroquinas na área de Fadrat Al Tamat, no setor de Hauza (norte do SO).

03 - Bombardeio de posições das forças ocupantes marroquinas na região de Sahb Chdida, no setor de Farsia (nordeste do SO).

 

Comunicado nº 460

Segunda-feira, 14 fevereiro 2022

01, 02 e 03 - Unidades do Exército de Libertação Saharaui levaram a cabo ataques concentrados de artilharia contra as concentrações de tropas marroquinas nas áreas de Galb al-Nas, Tadkama al-Bayda e Gueret Uld Blal nos sectores de Mahbes (nordeste do SO), Auserd (sul do SO) e Um Draiga (centro do SO).

 

Comunicado nº 459

Domingo, 13 fevereiro 2022

01 - Unidades de artilharia do ELPS atacaram concentrações de tropas de ocupação marroquinas na área de Lamketib, no setor de Hauza (norte do SO).

02 – Enquanto outras unidades bombardearam forças de ocupação concentradas nas áreas de Laagad e de Sabjat Tinushad, ambas no setor de Mahbes (nordeste do SO).

 

Comunicado nº 458

Sábado, 12 fevereiro 2022

01 - Bombardeamento das trincheiras das forças inimigas em Udey Al Dhamran, na região de Mahbes (nordeste do SO).

02 - Bombardeio de posições do exército de ocupação marroquino na área de Graret Farsik, de novo na região de Mahbes.

03 - Bombardeamento de posições das forças ocupantes na zona de Tandakma Albaida, na região de Um Dreiga (centro do SO).

 

Comunicado nº 457

Sexta-feira, 11 fevereiro 2022

01 e 02 - Ataques intensos de artilharia contra posições inimigas nas zonas de Agseiby Najla e de Agseibi Amchagab, ambas no setor de Hauza (norte do SO.

Fonte: SPS

domingo, 13 de fevereiro de 2022

República Saharaui restabelece relações diplomáticas com as Honduras

 


ECS – sábado 12-02-2022 . Chahid Al Hafed - O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros hondurenho, Gerardo Torres, anunciou oficialmente o restabelecimento das relações bilaterais entre a República saharaui e o Estado das Honduras, durante uma receção realizada em sua honra pelas autoridades do Estado de Smara nos campos de refugiados saharauis.

El Viceministro de Relaciones Exteriores hondurenho, Gerardo Torres, iniciou este sábado, uma visita à República Saharaui, durante a qual se reunirá com dirigentes do Estado e autoridades locais, e será informado sobre o funcionamento das instituições do Estado saharaui..

A visita de dois dias do governante hondurenho incluirá reuniões com funcionários saharauis no quadro da cooperação e das relações comerciais. A este respeito, o diplomata hondurenho foi recebido pelo governante do Estado de Smara, Mariam Salek Hamada, e foi calorosamente recebido e acolhido pelo povo saharaui.

O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros hondurenho concluirá a sua visita com uma reunião com o Presidente da República saharaui e Secretário-Geral da Frente POLISARIO, Brahim Ghali.

Nos últimos meses, o governo do Peru anunciou a restauração das relações diplomáticas e a Bolívia o reforço das relações com a República Árabe Saharaui Democrática, que acusa o governo marroquino de ocupar ilegalmente parte do seu território. Agora, com este novo regresso às relações com as Honduras, que se encontram paradas desde o golpe de Estado de 2009, o reconhecimento da República Saharaui aumenta nos países latino-americanos graças à actividade diplomática da Frente POLISARIO, que também denuncia a ocupação sofrida pelo povo saharaui. Marrocos, que vê estes reconhecimentos com suspeita, está a utilizar a sua diplomacia para inverter estas decisões ou minimizar o seu impacto no estrangeiro através da "política do cheque".

 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Exército saharaui abate 12 militares marroquinos, sete dos quais são oficiais de várias patentes

 


Argel (ECS) - O exército saharaui anunciou em comunicado esta sexta-feira que matou 12 militares marroquinos em vários ataques no Sahara Ocidental desde o início de Fevereiro. "A morte destes 12 elementos das FAR marroquinas, sete dos quais oficiais, é o balanço dos ataques lançados durante vários dias no mês de Fevereiro e toda a informação está documentada", declarou Abdelkader Taleb Omar, embaixador da República Saharaui (RASD) em Argel, à AFP.

Segundo fontes saharauis, nntre as baixas infligidas às forças de ocupação marroquinas encontravam-se um coronel, um tenente-coronel, um tenente, um capitão, um sargento-mor, um sargento, um oficial subalterno, dois cabos e três soldados. A operação armada deixou dezenas de veículos militares e um lançador de mísseis destruídos, bem como a apreensão de documentação militar.

As autoridades marroquinas abstêm-se geralmente de confirmar ou negar as reivindicações da Frente Polisario sobre os confrontos armados que têm tido lugar desde 13 de Novembro de 2020 no território da antiga colónia espanhola.

A situação no Sahara Ocidental, uma antiga colónia espanhola considerada pela ONU como "território não autónomo até à descolonização", tem vindo a colocar Marrocos contra a Frente Polisario, o legítimo representante do povo saharaui, há décadas. Até agora, todas as tentativas para resolver o conflito fracassaram.

Marrocos ocupa mais de dois terços do território e propõe um plano de autonomia sob a sua soberania. Os saharauis, por seu lado, reclamam o referendo de autodeterminação organizado pela ONU previsto no cessar-fogo de 1991, que nunca se concretizou devido aos obstáculos de Marrocos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Guerra no Sahara Ocidental: Comunicados militares nº. 447 a 456

 


O Ministério de Defesa da RASD emitiu os comunicados referentes aos últimos dez dias de reatamento da guerra de libertação contra o ocupante marroquino.

 

Comunicado nº 456

Quinta-feira, 10 fevereiro 2022

01 - Bombardeio concentrado contra as trincheiras das forças de ocupação na zona de Graret Al-Farsik, no setor de Mahbes (nordeste do SO).

02 - Bombardeio intenso contra posiciones marroquinas na área de Um Edeguen, no setor de Bagari (centro do SO).

03 - Ataques focalizados contra bases das forças de ocupação na zona de Rus Targant, setor Hauza (norte do SO).

04 - Bombardeio concentrado contra posições entrincheiradas das forças marroquinas na área de Federt Labeir, setor de Farsia (nordeste do SO).

 

Comunicado nº 455

Quarta-feira, 09 fevereiro 2022

01, 02 e 03 - Destacamentos do Exército de Libertação Saharaui atacaram com intenso fogo de artilharia concentrações de tropas marroquinas nas áreas de Lagsaibi Lemles, no setor de Hauza (norte do SO) e nas áreas de Um Lagta e Sebjat Tenushad, no setor Mahbes (nordeste do SO).

 

Comunicado nº 454

Terça-feira, 08 fevereiro 2022

O Ministério da Defesa Nacional Saharaui sublinha que na primeira semana de fevereiro o ELPS lançou várias operações de combate qualitativas durante as quais o conseguiu infligir pesadas perdas nas fileiras do exército de ocupação marroquino.

Com o início do mês em curso, o Exército de Libertação do Povo Saharaui continua a atacar as posições do exército ocupante, que sofreu perdas de vidas e de material, incluindo materiais:

- Um grande número de oficiais e soldados marroquinos morre em resultado das operações, incluindo Coronel Karkoub Mohamed Hassan, o Tenente Coronel Belgrafi Mohamed Mohsen, o Capitão Joubla Aziz, o Capitão Adnani Abdullah, o Sargento Sokah Hasban Mohamed, o Sargento Asouak Mohamed Mohsen, o Primeiro Sargento Zouk Mohamed Ould Kaltoum, o Cabo Atmatari El-Zein, o Cabo Yamla Mustafa, o Soldado Safi Khaled, o Soldado Safi Muhammad e o Soldado Allama Rabbani.

O Exército Saharaui também conseguiu destruir um lança-foguetes na área de Chedhmia em Mahbes, enquanto um incêndio deflagrava na base inimiga em Rus Udei Esfa no sector de Smara.

 

Também durante a primeira semana de Fevereiro, os combatentes saharauis conseguiram destruir o quartel-general da Legião 43 no setor Mahbes, enquanto os pontos de reunião do exército de ocupação no sector Mahbes foram atacados treze vezes durante a semana passada. As posições em Mahbes também foram atacadas duas vezes. O exército saharaui fala também de pelo menos dezasseis ataques militares no sector Hauza e outros ataques não especificados nos sectores Um Draiga e Auserd.

 

Comunicado nº 453

Segunda-feira, 07 fevereiro 2022

01 e 02 - Bombardeadas posições entrincheiradas das forças marroquinas de ocupação nas zonas de Graret Chdida e de Graret Lehdid, ambas no setor de Farsia (nordeste do SO).

03, 04, 05 e 06 – Bombardeadas intensamente as posições marroquinas em Graret Fersik, Udei de Al-Dhamran,  Laagad e Um Rekba, todas no setor Mahbes (nordeste do SO).

 

Comunicado nº 452

Domingo, 06 fevereiro 2022

01 - Bombardeadas as posições entrincheiradas das forças inimigas na zona de Rus Ben Zakka, setor de Hauza (norte do SO).

02 - Bombardeadas posições do exército de ocupação na área de Lemkaib, também no setor de Hauza.

03 – Ainda no sector de Hauza, unidades do ELPS bombardearam as forças marroquinas na área de Rus Targant.

 

Comunicado nº 451

Sabado, 05 fevereiro 2022

01 e 02 – Unidades saharauis bombardearam intensamente concentrações de tropas marroquinas nas áreas de Chedimiya e de Rus Sebti, ambas na região de Mahbas (nordeste do SO).

03 – Enquanto outras unidades centraram a sua artilharia sobre as tropas de ocupação na área de Lakseibi, no setor de Hauza (norte do SO).

 

Comunicado nº 450

Sexta-feira, 04 fevereiro 2022

01 - Bombardeio das posições entrincheiradas das forças inimigas na zona de Sabjat Tinushad, no setor de Mahbes (nordeste do SO).

02 – Fogo de artilharia sobre as trincheiras do exército ocupante marroquino na área de Laagad, também na região de Mahbes.

 

Comunicado nº 449

Quinta-feira, 03 fevereiro 2022

01, 02 e 03 - Intenso fogo de artilharia sobre as posições entrincheiradas das FAR marroquinas nas áreas de Rus Arbib, Rus Laktaitira e Rus Targant, todas na região de Hauza

 

Comunicado nº 448

Quarta-feira, 02 fevereiro 2022

01 e 02 – Forças do ELPS bombardearam forças ocupantes marroquinas nas áreas de Fadrat Al-Ish e de Fadrat Lagrab, na região de Hauza (norte do SO).

 

Comunicado nº 447

Terça-feira, 01 fevereiro 2022

01, 02 e 03 – Bombardeadas posições inimigas nas regiões de Agseibi An-najla, Agseibi Amchagab e Lagseibi Lamlas, no setor de Hauza (norte do SO).

04, 05 e 06 - Destacamentos do exército saharaui bombardearam as forças de ocupação posicionadas nas regiões de Sabjat Tanuchad, Udei Adamran e Laaran, no setor de Mahbes (nordeste do SO)

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Fonte: SPS

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Desde o cessar-fogo no Sahara Ocidental em 1991, Espanha vendeu a Marrocos mais 385 milhões de euros em armamento



Madrid (ECS). 10-02-2022 – Entre 1991 e 2020, Espanha vendeu armas e material militar a Marrocos por mais de 385 milhões de euros, dos quais quase metade corresponde ao fornecimento de veículos todo-o-terreno, de acordo com uma resposta parlamentar a que a agência Europa Press teve acesso.

O senador de Compromís Carles Mulet (partido de centro-esquerda de origem Valenciana que conta actualmente com um deputado e um senador. Tem sob sua gestão uma série de concelhos em toda a Comunidad Valenciana, entre elas a sua capital) havia perguntado ao governo sobre a "quantidade de armamento, material de guerra, bombas, veículos militares, etc." que a Espanha tinha vendido anualmente desde 1991 a Marrocos e o custo destas vendas.

Numa primeira resposta, o governo tinha-se limitado a referir as estatísticas de exportação de material de defesa, outros materiais e produtos e tecnologias de dupla utilização publicadas pelo Ministério do Comércio, o que levou Mulet a insistir na sua pergunta.

Agora, na sua nova resposta, o Governo forneceu ao senador do Compromís os dados solicitados sob a forma de dois quadros com números anuais, esclarecendo que estes não estão disponíveis de forma desagregada antes de 2005.


VEÍCULOS, MUNIÇÕES E BOMBAS

De acordo com os gráficos fornecidos pelo Executivo, o montante total nestes quase 30 anos ascende a 385.763.165 euros, dos quais 164.041.756 euros correspondem a veículos terrestres. O segundo maior item é munições e dispositivos, com 98.799.414 euros, seguido de bombas, torpedos, foguetes e mísseis, com 33.693.606 euros.

A Espanha também vendeu ao reino aluita "aviões, veículos aéreos não tripulados" por 10.652.626 euros, e equipamento de produção por quase 6,6 milhões de euros.

Outros fornecimentos referem-se a materiais energéticos e substâncias relacionadas por 1.386.120 euros; armas de cano liso de calibre igual ou superior a 20 mm, outras armas ou armamento de calibre superior a 12,7 mm por 912.800 euros; equipamento eletrónico, naves espaciais por 465.310 euros e equipamento e construções blindadas ou de proteção por 25.922 euros.

 

2008, O ANO COM AS VENDAS MAIS ELEVADAS

De todo o período para o qual os dados estão disponíveis, 2008 foi o ano com o maior volume de vendas, com mais de 113,9 milhões de euros, exclusivamente relacionado com o fornecimento de veículos terrestres.

Globalmente, as vendas de armamento e outro material militar a Marrocos registaram um claro aumento a partir de 2014, quando ascenderam a mais de 9,7 milhões, e isto tem sido mais ou menos sustentado desde então, com alguns picos como 2016, quando subiram para mais de 30,2 milhões, incluindo 22,2 milhões em munições e dispositivos e 7,7 milhões em bombas, torpedos, foguetes e mísseis.

Em 2019, o montante total foi de 23,24 milhões de euros, incluindo mais de 13,2 milhões de euros para munições e 8,5 milhões de euros para bombas, torpedos e outros artigos, enquanto em 2020, o último ano para o qual existem dados disponíveis, o total ascendeu a mais de 12,5 milhões de euros. Mais uma vez, o item principal foi munições (mais de 10,27 milhões), mas também foram fornecidos veículos terrestres por 1,34 milhões.

 

COMPROMÍS CRITICA O GOVERNO

O partido Compromís criticou o governo por ter vendido armas a Marrocos desde 1991, quando foi assinado o acordo de cessar-fogo entre Marrocos e a Frente Polisario no conflito sobre o Sahara Ocidental, que continua por resolver até aos dias de hoje.

O partido denunciou que durante este tempo o país vizinho tem "assediado a Espanha" e cita como exemplos "bases militares perto das cidades autónomas, drones com bombas que chegariam a estas cidades, invasão contínua de terras e águas espanholas; o caso das ilhas Chafarinas ou Perejil, encerramentos de fronteiras, a prospeção de petróleo perto das Ilhas Canárias".

"Se Marrocos é hoje uma ameaça à integridade do Estado, ou se continua a massacrar o povo saharaui, é graças à venda de armas espanholas", conclui Compromís.