domingo, 6 de maio de 2012

9.ª ronda de encontros Marrocos e Polisario sem resultados

Marrocos e a Frente Polisario concluíram hoje, 14 de março, em Nova Iorque, a nona ronda de conversações informais sobre o futuro do Sahara Ocidental sem que tivesse conseguido aproximar as suas posições, mas acordaram em prosseguir com este tipo de reuniões na Europa em junho e em lugar ainda por determinar em julho.

“No final da reunião, cada uma das partes continua a rejeitar as propostas da outra como base única das negociações futuras”, afirmou em comunicado o enviado pessoal do SG da ONU para o SO, Christopher Ross, que anunciou todavia que visitará o Sahara Ocidental em meados de maio.
Jatri Aduh, chefiou a delegação saharaui


Marrocos e a Polisario também confirmaram que irão participar em dois seminários organizados pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) e que poderão ter lugar em junho e outubro co corrente ano, um centrado no papel da mulher e o outro no significado da “jaima” na cultura saharaui.

Marrocos, que ocupou o Sahara Ocidental em 1975, defendeu de novo que a autonomia para a região dentro do seu próprio Estado é a única saída viável para o conflito, enquanto a Polisario defendeu uma vez mais a realização de um referendo em que os saharauis possam votar também pela independência.

As conversações centraram-se também em aspetos como a gestão de recursos naturais e a eliminação das minas, temas sobre os quais, segundo Ross, se pode falar de “avanços”, e em que tanto Marrocos como a Polisario se mostraram disponíveis a tratar de novo o tema em próximas reuniões.

No termo dos encontros, o presidente do parlamento saharaui, Jatri Aduh, que chefiou a delegação da Polisario, destacou que ambas partes abordaram o mecanismo de funcionamento de um eventual referendo, em concreto “a determinação do eleitorado e os mecanismos de autodeterminação” a utilizar.
Segundo Aduh, a delegação saharaui exigiu “o termo da repressão contra os saharauis e a libertação dos presos políticos dos cárceres marroquinos”, solicitando o livre acesso ao território a membros de ONG, imprensa e observadores internacionais.

Nações Unidas, 13 de março de 2012 (EFE)

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