segunda-feira, 1 de outubro de 2012

“Não é admissível utilizar a defesa dos interesses espanhóis como desculpa para adotar um silêncio cúmplice face às graves violações dos Direitos Humanos



O presidente da organização solidária Coordenadora Estatal de Associações de Solidariedade com o Sahara, CEAS-SAHARA, José Taboada afirmou que “não é admissível utilizar a defesa dos interesses espanhóis como desculpa para adotar um silêncio cúmplice ante as graves violações dos DDHH no Sahara Ocidental” – afirmação surge em comunicado publicado pela CEAS Sahara na sua página web.

“Não podemos aceitar que as relações com Marrocos se usem como pretexto para encobrir e silenciar uma situação de injustiça, de ocupação pela força, que desafiam e esmagam os mais elementares direitos humanos e as normas básicas do direito internacional”, afirma a Coordenadora no seu comunicado.

Nesse sentido, o comunicado salienta que o executivo espanhol dá prioridade às suas “relações bilaterais com Marrocos” em detrimento do apoio da procura de uma solução justa para o conflito do Sahara Ocidental e isso ficou patente nesta semana em que se irá realizar a cimeira Hispano-Marroquina.


Relativamente aos cortes na ajuda humanitária e à repatriação de cooperantes, o presidente da Coordenadora refere que isso "afeta perigosamente a população de refugiados Saharauis." A CEAS-Sahara fará todo o esforço para combater essas manobras, que evidentemente dão uma enorme satisfação às autoridades marroquinas.

Taboada afirmou que Espanha continua a ser a potência administrante do território e que por isso deve assumir “a tarefa de tutelar e liderar o processo de descolonização, questão de responsabilidade jurídica e política, por quer anseia a população saharaui”.

O Presidente José Taboada lamentou que Marrocos não cumpra as várias resoluções da comunidade internacional, acrescentando que a situação de conflito e a descolonização definitiva do Sahara Ocidental são de interesse do povo saharaui, da comunidade internacional "e do próprio Marrocos e do resto do Magrebe Árabe, que pode beneficiar de maior estabilidade política e liberdade de comércio entre as nações que o integram. "

SPS

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