segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Apelo à França para que faça justiça ao Povo Saharaui (declaração final)

Conferência exortou François Hollande a traçar "uma trajetória
política digna da França e da sua grandeza..."


A conferência internacional de Argel de apoio ao povo saharaui apelou domingo à França a "prestar justiça" ao povo saharaui, através da sua intervenção no alargamento do mandato da Minurso em relação aos Direitos do Homem.

Os participantes na 3.ª conferência internacional de Argel sobre o tema "o direitos dos povos à resistência: o caso do povo saharaui", em declaração final, exortam "especificamente" o Presidente François Hollande a traçar "uma trajetória política digna da França e da sua grandeza conforme à sua herança e ao combates históricos pela liberdade e os direitos do homem".

 Os participantes exigem do governo espanhol uma posição política "clara, ativa e conforme às resoluções do Conselho de Segurança da ONU" a favor do direito à autodeterminação para o povo saharaui, tendo em consideração a responsabilidade histórica, moral e política da Espanha na génese deste conflito".

Do mesmo modo, interpelam a União Europeia para que a organização cesse qualquer tipo de acordo comercial com Marrocos, que explore "ilegalmente" as riquezas do Sahara Ocidental, e adote uma posição "política de justiça" a favor da autodeterminação do povo saharaui.

Os participantes denunciaram "as repetidas violações" dos direitos do Homem por parte de Marrocos no Sahara Ocidental e apelaram à ONU, UE, UA e às ONG a “garantir o respeito dos Direitos do Homem por todos os meios possíveis e a libertação imediata de todos os presos saharauis".

A conferência solicitou à ONU a aplicação "imediata" das suas próprias resoluções sobre o Sahara Ocidental através da organização de um referendo de autodeterminação aceite pelas partes no Plano de Resolução de 1991.

O Sahara Ocidental é a última colónia em África que Marrocos ocupa desde 1975.
Os trabalhos da 3.a conferência internacional de Argel teve início no sábado com a participação de 562 pessoas representando 51 países estrangeiros e 40 militantes dos territórios ocupados do Sahara Ocidental. Portugal esteve representado pelo movimento sindical, organização de mulheres, juristas e um representante da AAPSO.

(SPS)

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