sábado, 22 de dezembro de 2012

Mohamed Daddach, Prémio Rafto dos Direitos Humanos, objeto de insultos e humilhação por parte de militares marroquinos em El Aaiun



No 2º Aniversário do assassinato do jovem saharaui Said Dambar, o aparelho repressivo marroquino continua a acossar a população e a intimidar os defensores de direitos humanos saharauis em El Aaiun.

Segundo a Rede Mazrat da cidade ocupada de El Aaiún, as forças marroquinas deslocaram um forte dispositivo de dezenas de polícias marroquinas e forças auxiliares para a frente do domicílio da família do jovem saharaui assassinado pela polícia marroquina em 2010.

As forças deslocadas fecharam algumas das ruas que conduzem ao domicílio dos Dambar para impedir que cidadãos saharauis chegam à sua casa e possam participar na homenagem a Said Dambar.

Sidi Mohamed Daddach, prestigiado ativista dos Direitos Humanos, o ex-preso político que mais anos passou no cárcere em toda a África a seguir a Nelson Mandela, Prémio Rafto dos DDHH, e presidente do Comité de Defesa da Livre Determinação do Povo do Sahara Ocidental declarou à Rede Maizira que agentes marroquinos vestidos à paisana e uniformizados o haviam agredido e a um grupo de ativistas com insultos humilhantes e palavras degradantes quando tentavam se acercar do domicílio da família de Said Dambar para informar-se da situação.

Na mesma tarde uma multidão de cidadãos saharauis organizaram frente à estação de gasolina Ljanchi uma manifestação para exigir a livre determinação do povo saharaui, entoando lemas políticos em que pediam a independência, e manifestavam a sua solidariedade com a família do mártir  Said Dambar.

Nesta situação de levantamentos contra a ocupação marroquina em diferentes bairros da cidade gritaram-se palavras-de-ordem a favor da independência, arvoraram-se bandeiras saharauis em edifícios e grafitaram-se muros e paredes com consignas contra a ocupação apesar do assédio dos serviços de segurança marroquinos.

Segundo a Rede Maizirat a população saharaui prepara-se para sair hoje, sábado, de forma massiva às ruas para apoiar a família do mártir Said Dambar dois anos após o seu assassinato.

Fonte: Rede Rede Maizirat e Poemario Por un Sahara Libre

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