segunda-feira, 2 de setembro de 2013

TOTALly Wrong: A petrolífera francesa Total no Sahara Ocidental ocupado




O Western Sahara Resource Watch (Observatório dos Recursos Naturais do Sahara Ocidental) divulga hoje um relatório sobre o irresponsável regresso da petrolífera francesa TOTAL ao Sahara Ocidental ocupado. A companhia leva a cabo perfurações exploratórias no território quando o Departamento dos Assuntos Jurídicos da ONU decretou que isso constituía uma violação do direito internacional.

O WSRW estima no seu relatório que os investimentos da TOTAL com os estudos sísmicos ao longo do primeiro ano atingiram os 75 milhões de US dólares. Uma filial da companhia petrolífera nacional chinesa assiste a TOTAL na operações de exploração que tiveram início no final de julho.

Faça download aqui do relatório « Injustice Totale ».
 
A rosa, o bloco de exploração da TOTAL:
uma superfície do tamnho de Portugal...


"A TOTAL mostra um completo desrespeito pelos princípios fundamentais da Responsabilidade Social Corporativa. A empresa ​​recusa-se a iniciar qualquer discussão sobre os direitos legítimos do povo de um território ocupado ", disse Erik Hagen, presidente do Western Sahara Resource Watch.

Em 2001, Marrocos emitiu pela primeira vez licenças petrolíferas no Sahara Ocidental, um território que invadiu em violação do direito internacional. Uma das duas licenças foi atribuída à TOTAL. Poucos meses depois, o Departamento de Assuntos Jurídicos das Nações Unidas reagiu ao caso, e afirmou que qualquer exploração, sem o consentimento dos Saharauis, viola o direito internacional.

No entanto, a TOTAL renovou sua licença, sem o consentimento do povo saharaui. A TOTAL detém o maior de todos os blocos das empresas envolvidas na exploração de petróleo no Sahara Ocidental — o bloco da TOTAL é do tamanho de Portugal — e a empresa realizou. entre julho de 2012 e julho de 2013, os estudos sísmicos mais desenvolvidos e mais caros de sempre.

As preocupações relativamente aos direitos do povo saharaui foram rejeitados pela empresa, que disse que não se metia em política. A TOTAL também não quer responder a perguntas sobre os seus projetos.

"A TOTAL tornou-se num dos maiores obstáculos à resolução do conflito no Sahara Ocidental. Que interesse poderia ter Marrocos em resolver o conflito caso a sua parceria com a TOTAL levasse a descobertas de petróleo no Sahara Ocidental? " perguntou Hagen.

“Exortamos os acionistas da TOTAL a fazer pressão de imediato sobre a empresa. Se a TOTAL não puser fim ao seu compromisso não-ético, pediremos aos acionistas para cessarem os seus investimentos. Através das suas atividades ao longo do ano passado, a TOTAL revelou a sua verdadeira intenção de encontrar petróleo no Sahara Ocidental em parceria com o governo marroquino ", disse Hagen.

Contacte :
Erik Hagen , president do Western Sahara Resource Watch , tél +47 45265619 , info@vest-sahara.no
Sara Eyckmans , coordenador, Western Sahara Resource Watch , tél +32 475458695 coordinator@wsrw.org

APSO, Amis du Peuple du Sahara Occidental, apsolument@yahoo.fr 

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