O Western Sahara Resource Watch (Observatório dos Recursos
Naturais do Sahara Ocidental) divulga hoje um relatório sobre o irresponsável
regresso da petrolífera francesa TOTAL ao Sahara Ocidental ocupado. A companhia
leva a cabo perfurações exploratórias no território quando o Departamento dos
Assuntos Jurídicos da ONU decretou que isso constituía uma violação do direito internacional.
O WSRW estima no seu relatório que os investimentos da TOTAL
com os estudos sísmicos ao longo do primeiro ano atingiram os 75 milhões de US
dólares. Uma filial da companhia petrolífera nacional chinesa assiste a TOTAL na
operações de exploração que tiveram início no final de julho.
Faça download aqui do relatório « Injustice
Totale ».
"A TOTAL mostra um completo desrespeito pelos
princípios fundamentais da Responsabilidade Social Corporativa. A empresa recusa-se a iniciar qualquer discussão sobre os direitos legítimos do
povo de um território ocupado ", disse Erik Hagen, presidente do Western
Sahara Resource Watch.
Em 2001, Marrocos emitiu pela primeira vez licenças petrolíferas
no Sahara Ocidental, um território que invadiu em violação do direito
internacional. Uma das duas licenças foi atribuída à TOTAL. Poucos meses depois,
o Departamento de Assuntos Jurídicos das Nações Unidas reagiu ao caso, e
afirmou que qualquer exploração, sem o consentimento dos Saharauis, viola o direito
internacional.
No entanto, a TOTAL renovou sua licença, sem o consentimento
do povo saharaui. A TOTAL detém o maior de todos os blocos das empresas envolvidas
na exploração de petróleo no Sahara Ocidental — o bloco da TOTAL é do tamanho
de Portugal — e a empresa realizou. entre julho de 2012 e julho de 2013, os
estudos sísmicos mais desenvolvidos e mais caros de sempre.
As preocupações relativamente aos direitos do povo saharaui
foram rejeitados pela empresa, que disse que não se metia em política. A TOTAL também
não quer responder a perguntas sobre os seus projetos.
"A TOTAL tornou-se num dos maiores obstáculos à resolução
do conflito no Sahara Ocidental. Que interesse poderia ter Marrocos em resolver
o conflito caso a sua parceria com a TOTAL levasse a descobertas de petróleo no
Sahara Ocidental? " perguntou Hagen.
“Exortamos os acionistas da TOTAL a fazer pressão de
imediato sobre a empresa. Se a TOTAL não puser fim ao seu compromisso
não-ético, pediremos aos acionistas para cessarem os seus investimentos.
Através das suas atividades ao longo do ano passado, a TOTAL revelou a sua
verdadeira intenção de encontrar petróleo no Sahara Ocidental em parceria com o
governo marroquino ", disse Hagen.
Contacte :
Erik Hagen , president do Western Sahara Resource Watch ,
tél +47 45265619 , info@vest-sahara.no
Sara Eyckmans , coordenador, Western Sahara Resource Watch ,
tél +32 475458695 coordinator@wsrw.org
APSO, Amis du Peuple du Sahara Occidental,
apsolument@yahoo.fr
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