Marrocos viu-se “impotente”
ante as “conquistas e vitórias” da Intifada nos territórios ocupados e a determinação
dos saharauis para conseguir os seus legítimos direitos, afirmou ontem, quarta-feira,
o ministro saharaui dos Negócios Estrageiros, Mohamed Salem Ould Salek.
O
dirigente saharaui informou também que “o Tribunal Europeu de Justiça aceitou o
recurso apresentado pela Frente Polisario contra o acordo de livre comércio
entre a UE e Marrocos”.
“Graças à Intifada o povo saharaui encontrou um eco sem precedentes
no Conselho de Segurança das Nações Unidas e suscitou uma condenação
internacional”, afirmou Ould Salek.
Numa intervenção perante o Parlamento Nacional saharaui, o ministro
destacou que a diplomacia saharaui, “com a resistência da população saharaui nos
território ocupados, foi capaz de apresentar, pela primeira vez, uma verdadeira
batalha diplomática no Conselho de Segurança da ONU”.
Acrescentou também que “a adesão dos Estados Unidos à campanha
para ampliar o mandato da MINURSO representou um apoio moral aos sacrifícios do
povo saharaui e um isolamento para o regime marroquino”.
“Apesar da atitude da França e de alguns países do Golfo
para impedir a aprovação da iniciativa dos EUA, os membros do Conselho de Segurança
tomaram posições firmes e adotaram a resolução 2099 sobre a necessidade de
normas internacionais para implementar medidas independentes e credíveis para
garantir o respeito dos direitos humanos”.
Ould Salek, disse ainda que, durante este ano, teve lugar
uma reunião entre o Presidente da República e a Alta Comissária para os
Direitos Humanos da ONU e a realização de uma conferência internacional sobre
os direitos humanos no Sahara Ocidental na sede da ONU, bem como foi relatado
sistematicamente a situação nos territórios ocupados ao Secretário-Geral e ao
Conselho de Segurança ONU assim como às organizações internacionais.
O ministro saharaui referiu por último que “o Tribunal
Europeu de Justiça aceitou o recurso apresentado pela Frente Polisario contra o
acordo de livre comércio entre a UE e Marrocos”.
Fonte: SPS
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