O Parlamento Europeu aprovou um novo acordo de pesca entre a
UE e Marrocos. Ao aprová-lo os eurodeputados que votaram a favor tornaram-se
participantes nesta ilegalidade. Este é um acordo que vai contra o Direito internacional.
As águas do Sahara Ocidental não pertencem a Marrocos. Os recursos naturais desta
zona pertencem aos saharauis.
A UE não se pode tornar cúmplice de um regime que reprime
diariamente um povo. Não se pode comerciar com a potência ocupante de um
território cujas riquezas naturais não lhe pertencem. O regime marroquino continua
a violar os Direitos Humanos nos territórios ocupados. Este ano, a MINURSO, a Missão
das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental, renovou o seu mandato sem
incluir entre as suas competências a vigilância dos direitos humanos. É uma vergonha
que a Comunidade internacional permaneça impassível ante esta injustiça. Além
disso, no passado mês de setembro foram identificados oito saharauis em fossas comuns
no Sahara Ocidental. Os “desaparecimentos” estão provados.
É necessário que as Nações Unidas incluam a vigilância dos direitos
humanos, e o Governo espanhol deve ajudar ativamente a procura de uma solução justa
e democrática que respeite o direito do povo saharaui a decidir livremente o seu
futuro e poder dispor das suas riquezas naturais.
Fonte: elpais.com / Por José Taboada Valdés (Presidente de
CEAS-Sáhara - Coordinadora Estatal de
Asociaciones Solidarias con el Sáhara)
Foto: Juanjo Miera
Sem comentários:
Enviar um comentário