“Todos os passos dados pelo governo de Rajoy em relação ao conflito
do Sahara foram contra a posição dos saharauis”, afirmou.
O chefe da diplomacia da Frente Polisario em Espanha,
Bucharaya Beyun, manifestou em declarações à Radio San Borondón que o povo saharaui
prossegue na sua luta pelo direito à autodeterminação e embora Espanha seja responsável
pelo processo de descolonização e, por conseguinte, segundo o direito internacional,
deveria implicar-se no assunto, “sinceramente não esperamos nada de positivo do
governo de Espanha para resolver o conflito”.
A este respeito, o delegado da Frente Polisario em Espanha
recorda que a história dos diferentes executivos espanhóis, tanto socialistas como
conservadores, em relação a esta questão, mostra que mantêm posições muito
distantes do desejo de paz e liberdade por que anseiam os saharauis.
Lembrou que, nos primeiros passos da democracia em Espanha,
os socialistas deram mostras de apoio à causa saharaui, mas que rapidamente se
esqueceram quando chegaram ao poder no país; o que foi algo parecido quando o PP
chegou ao governo, pois embora o partido tenha oferecido bases trabalho para
uma solução justa para o conflito, o facto é que em nenhuma dessas expectativas
se materializou subordinando todos os interesses económicos a Marrocos. (…)
"Todas as medidas tomadas pelo governo de Rajoy sobre o
conflito do Sahara têm ido contra a posição dos saharauis e serviram de apoio e
incentivo à postura intransigente de Marrocos", afirmou Bucharaya Beyun,
que insiste que, por todas estas razões, não se pode esperar nada de positivo de
Espanha que ajude a resolver o conflito de acordo com o direito internacional,
mas antes o contrário.
"Sentimos que todos esses passos, todas essas posições
que tem tomado o governo espanhol, são sinais que entram na lógica dos acordos
tripartidos de Madrid, na defesa uma política que agrade a Marrocos e que
agride o povo saharaui", disse o diplomata da Frente Polisário.
Fonte: Revista Digital San Borondón
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