Espanha sempre quis justificar,
minimizando os danos, aquela que foi a maior traição em África de um país
colonizador. E foi longa a história colonial… Um artigo publicado pelo ABC há
38 anos relembra isso mesmo.
No mesmo dia de hoje, mas no ano de 1976, o jornal espanhol
ABC afirmava que «a proclamação da RASD pela Frente Polisario a 27 de fevereiro
1976 tinha soado como a detonação de uma bomba no seio da ONU. "A reação
de Kurt Waldheim foi a de dizer "esperem para ver".
A iniciativa saharaui equivalia à aplicação do direito à autodeterminação
reconhecido pela Carta da ONU.
Segundo o mesmo jornal, "em Nova Iorque, a imprensa
acusava a ONU de não ter tomado medidas apropriadas no momento oportuno». Hoje,
38 anos depois, nada mudou. Há um movimento sobre a questão, mas os resultados não são ainda dignos de menção.
A edição do ABC assinala que "a reação oficial de
Madrid é conhecida. Os porta-vozes do governo tentaram explicar à opinião pública
espanhole a justeza das suas negociações, que a Espanha sempre submeteu a sua
conduta às diretivas das Nações Unidas e que o tratado tripartido de Madrid mais
não fez que estabelecer:
1 ) Uma administração provisória
2 ) Uma data de saída do território por parte da Espanha
3 ) Que o processo do Sahara será considerado concluído no
dia em que a população do Sahara tiver escolhido o seu futuro sob a supervisão
das Nações Unidas » .
Fonte Diaspora Saharaui
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