Num longo despacho assinado pelo Embaixador dos Estados
Unidos da América, em Rabat, entre 2003 e 2009, Thomas T. Riley, o diplomata
explicava sem adornos aos seus superiores do Departamento de Estado o estado
lamentável do exército marroquino "marginalizado e ineficaz."
No mesmo texto, ele chamava a atenção para o General das
Forças Armadas, Abdelaziz Bennani, considerado como um "homem do
rei."
"Os relatos credíveis indicam que o tenente-general
Benanni retira benefícios da sua posição como comandante chefe do setor sul".
Ele recebe "receitas de contratos militares e exerce a sua influência
sobre as decisões do mundo dos negócios". "Um rumor generalizado denuncia
que ele é o proprietário de grande parte da pesca no Sahara Ocidental".
"Tal como outros oficiais veteranos, Benanni tem uma casa de família
luxuosa que, provavelmente, foi construída com dinheiro arrecadado em subornos."
O diplomata dos EUA acusava o militar marroquino de ter feito
da sua função, a defesa do território marroquino e a luta contra a Frente Polisario,
um enorme filão para se enriquecer de forma ultrajante.
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