domingo, 7 de setembro de 2014

Aniversário de uma burla das Nações Unidas: o cessar-fogo no Sahara Ocidental




O prof. de Direito Constitucional da Universidade de Compostela e grande amigo dos saharauis, Carlos Ruiz Miguel, lembrava ontem, 6 de setembro, o cumprimento do 23.º aniversário do cessar-fogo e a consequente implantação da MINURSO nos territórios do Sahara Ocidental.

Seis meses depois do termo das hostilidades entre Marrocos e a Frente Polisario deveria realizar-se o referendo de autodeterminação do povo saharaui, única solução conforme a legalidade internacional e as dezenas de resoluções da Assembleia Geral e o Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Carlos Ruiz Miguel, aceitar o cessar-fogo a troco de apenas uma promessa foi o maior erro cometido pela Frente Polisario.

Efetivamente, a Polisario confiou demasiado na ONU e esta provou ser uma organização inútil devido a uma paródia chamada veto, de que a França abusou para defender a colonização do Sahara Ocidental por parte de Marrocos. França, o mesmo país que incentivou Marrocos a invadir o Sahara; pressionou Espanha a assinar o Acordo Tripartido de Madrid de 14 de Novembro de 1975 e que proporcionou ao reino alauita, durante mais de 15 anos, todo o tipo de armas para combater as aspirações o povo saharaui pela liberdade e independência.

23 anos depois da instauração efetiva do plano de paz no território, Marrocos, graças ao apoio de Paris, continua a zombar da comunidade internacional.

O antigo SG da ONU foi subornado,(ou melhor, deixou-se subornar...) por Marrocos


Os saharauis deploram, por unanimidade, o dia em que a ONU os enganou com falsas promessas de um secretário-geral - Javier Perez de Cuellar -, que acabou por comprovadamente se descobrir ser um corrupto, que tinha sido subornado pelos marroquinos. A mesma ONU que, hoje, continua a demonstrar-se incapaz de impedir que Marrocos continue a violar os direitos humanos nos territórios saharauis ocupados.

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