Foto publicada no Jornal "PÚBLICO" |
“Os Verdes” entregaram hoje no Parlamento um voto de
solidariedade para com Tekbar Haddi, mãe saharaui em greve de fome devido ao
assassinato de um dos seus filhos, Mohamed Lamine Haidala, por colonos
marroquinos.
Mohamed Lamine Haidala morreu a 8 de Fevereiro depois
de agredido e torturado pela polícia marroquina e, por forma a esclarecer toda
a situação, a sua mãe reivindica uma investigação que, até agora, lhe foi
negada, assim como a possibilidade de um funeral digno, naquilo que constitui
uma grave violação dos direitos humanos.
O voto apresentado pelo PEV na Assembleia da
República acabou por ser chumbado com os votos da maioria PSD/CDS e a abstenção
da maioria dos deputados do PS.
Mãe saharaui reata protesto
Tarbak Haddi, a mãe saharaui que acampou durante 36
dias frente ao Consulado Geral de Marrocos reclamando o corpo do seu filho,
reatou ontem o seu protesto no mesmo lugar.
Haddi cessou no dia 19 de junho a greve de fome que
prosseguia há mais de mês depois de ter vomitado sangue. Exige ao governo
marroquino que o cadáver do seu filho seja exumado. Mohamed Lamine Haidala
faleceu em El Aaiún a 8 de fevereiro e foi enterrado sem autorização da família
e sem que fosse realizada uma autópsia independente. A polícia que guarda o
consulado permitiu ontem a instalação da mãe-resistente saharaui, mas
retirou-lhe os cartazes com a imagem do filho.
Militantes portugueses em greve-de-fome de
solidariedade
O protesto da mãe-coragem saharaui tem gerado uma
cadeia de solidariedade em todo o mundo. O protesto de Haddi é também
assegurado por outros. Nas cadeias marroquinas, há presos políticos saharauis
que deixaram de comer e não faltam voluntários em vários países para continuar
a “greve de fome em cadeia” – referia a edição do jornal “Público” de ontem. E adiantava
o artigo: “As activistas portuguesas conhecem bem a situação no Sahara. Isabel
Lourenço foi expulsa de El Aaiún ainda em Fevereiro e considerada persona non
grata, quando se preparava para assistir ao julgamento de um jornalista como
observadora internacional. Durante 24 horas, estarão em greve junto à
Assembleia da República, em Lisboa”.
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