O Presidente
da República Saharaui e Secretário-Geral da Frente POLISARIO, Mohamed
Abdelaziz, declarou que “a última declaração proferida na passada quarta-feira
pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, relativa ao estatuto jurídico do
Sahara Ocidental é como um “cartão vermelho” na cara do ocupante marroquino no
momento em que o rei se preparava para realizar uma visita aos territórios
ocupados”.
Abdelaziz afirmou
que “esta declaração sem precedentes” reafirma as bases jurídico-históricas do
conflito, que confirmam que o Sahara Ocidental não é território marroquino e que
o seu estatuto final prossegue pendente de uma descolonização, a qual só poderá
ser alcançada através do respeito do direito inalienável do povo saharaui à
autodeterminação e à independência.
Mohamed Abdelaziz
destacou também que “a declaração desmente todas as mentiras e propaganda que
promove a monarquia marroquina e enterra para sempre o chamado “projeto de autonomia”,
proposta que contradiz a legalidade internacional e não fornece as bases para o
reatamento das negociações, reafirmando que a declaração representa uma mensagem
clara ao Reino de Marrocos, que não cessa de obstaculizar os esforços do Secretário-Geral
da ONU e do seu Enviado Pessoal, Christopher Ross, com as suas mistificações e
adiamentos”.
O líder
saharaui afirmou que “a Frente POLISARIO renova a sua disposição de entrar em negociações
serias e sem condições prévias com o objetivo de chegar a uma solução que garanta
o direito do povo saharaui à autodeterminação e à independência, enfatizando
que acolhe com satisfação a declaração do SG da ONU que considerou positiva.
O que disse Ban Ki-moon
O Secretário-Geral
da ONU pediu apoio para as negociações que a organização internacional promove
com o objetivo de solucionar o garantir a autodeterminação do povo saharaui.
“Peço a
todas as partes envolvidas na região e à comunidade internacional apoio às
iniciativas do meu Enviado Pessoal, Christopher Ross, que intensifica os seus
esforços com vista a diálogo genuíno nos próximos meses”, refere em comunicado
o SG da ONU.
Ban Ki-moon
cita 40 anos de "sofrimento humano", o que faz com que a situação no
noroeste de África seja cada vez mais "alarmante". O chefe da ONU
destaca que para a população da região enfrentar seus desafios e alcançar todo
o seu potencial, o conflito precisa acabar. Ban explica que "o estatuto definitivo
do território é motivo de um processo de negociação conduzido" sob o seu
auspício, como mandam resoluções do Conselho de Segurança.
O
secretário-geral da ONU lamenta que propostas feitas em 2007 por Marrocos e
pela Frente Polisário não tenham aberto caminho para negociações genuínas, como
havia sido pedido várias vezes por Ban Ki-moon e pelo Conselho de Segurança.
O SG da ONU
menciona a importância da boa-fé no processo para o alcance "de uma
solução política aceitável por todas as partes, que traga autodeterminação ao
povo do Sahara Ocidental".
Fonte:
várias
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