A Igreja Metodista Unida dos EUA anunciou no final do ano de
2015 que retirava o investimento de 39 empresas. Cinco delas estão envolvidas
em negócios no Sahara Ocidental
A operação de colocar na lista negra estas empresas foi
levada a cabo pelo General Board of Pension and Health Benefits (GBOPHB) da Igreja
Metodista Unida dos EUA. Trata-se da entidade administrativa que supervisiona e
gere os fundos de pensões e de investimentos da Igreja.
A lista inclui as empresas canadianas PotashCorp e Agrium, e
a australiana Incitec Pivot Ltd, três companhias que têm um longo historial de
importação de rocha fosfórica do Sahara Ocidental. Na lista figura ainda a OCP
S.A., empresa estatal marroquina de fosfatos. Glencore Plc, a empresa
multinacional suíça envolvida na tão controversa prospeção de petróleo no Sahara
Ocidental, também foi excluída da carteira de ativos do Conselho Geral da Igreja.
As cinco empresas ficaram foram da lista de empresas em que a
igreja americana investe que inclui um total de 39 empresas. A lista completa pode ser consultada aqui.
As normas
de direitos humanos da GBOP incluem especificamente o Sahara Ocidental na
categoria de "países e áreas de alto risco que mostram um padrão longo e sistemático
de abusos dos direitos humanos."
A lista negra não inclui uma razão para a exclusão de cada uma
das 39 empresas. No entanto, o facto de três conhecidos compradores de fosfato do
Sahara Ocidental mais a empresa marroquina responsável pela venda desse produto
serem riscadas de uma só vez leva o WSRW (Western Sahara Resources Watch) a
concluir que esta decisão baseia-se na participação destas empresas na
espoliação do Sahara Ocidental.
Fonte: WSRW
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