O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Ignacio
Ybáñez, ofereceu a sua “plena cooperação” às Nações Unidas para acolher provisoriamente
em Las Palmas parte dos funcionários da MINURSO que tiveram que abandonar os
seus postos.
Espanha quer ajudar a “reduzir a tensão” entre as Nações Unidas
e Marrocos em torno do Sahara Ocidental, afirmou esta segunda-feira à EFE o
secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Ignacio Ybáñez.
“Espanha o que quer nestes temas é ajudar, não acrescentar mais
tensão a uma situação já de si complicada”, referiu Ybáñez na sede da ONU, onde
interveio num debate do Conselho de Segurança sobre a região dos Grandes Lagos.
Em declarações à EFE, o secretário de Estado disse que o Governo
espanhol vai cooperar plenamente com as Nações Unidas ante esta crise, ao mesmo
tempo que mantem um diálogo continuo com Marrocos e outros países da região.
Ybáñez destacou, entre outras coisas, a importância de que a
ONU continue e ter um “papel central” no Sahara Ocidental e que a sua missão na
zona (MINURSO) possa “desenvolver a sua função”.
Esta segunda-feira a organização voltou a advertir que a saída
de boa parte do pessoal civil da MINURSO ordenada por Rabat torna impossível que
a missão faça o seu trabalho de forma completa.
A decisão de Marrocos, que também cortou o financiamento voluntário
que dava à missão, produziu-se em resposta às declarações e gestos do secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, durante a sua recente visita à zona, qualificados de “insultuosos”
pelo Governo marroquino.
Espanha, segundo disse Ybáñez, ofereceu a sua “plena cooperação
” às Nações Unidas para acolher de forma provisória em Las Palmas parte dos funcionários
que tiveram que deixar os seus postos.
O governante espanhol considerou “positivo” que por agora não
se tenha visto afetado o contingente militar da MINURSO, que é “especialmente
importante”.
Ybáñez recordou que o tema do Sahara Ocidental “preocupa
especialmente” a Espanha, que tem a “responsabilidade” de o seguir de muito
perto.
Fonte: EFE
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