terça-feira, 22 de março de 2016

Espanha oferece-se para “reduzir a tensão” entre a ONU e Marrocos…




O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Ignacio Ybáñez, ofereceu a sua “plena cooperação” às Nações Unidas para acolher provisoriamente em Las Palmas parte dos funcionários da MINURSO que tiveram que abandonar os seus postos.

Espanha quer ajudar a “reduzir a tensão” entre as Nações Unidas e Marrocos em torno do Sahara Ocidental, afirmou esta segunda-feira à EFE o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Ignacio Ybáñez.

“Espanha o que quer nestes temas é ajudar, não acrescentar mais tensão a uma situação já de si complicada”, referiu Ybáñez na sede da ONU, onde interveio num debate do Conselho de Segurança sobre a região dos Grandes Lagos.

Em declarações à EFE, o secretário de Estado disse que o Governo espanhol vai cooperar plenamente com as Nações Unidas ante esta crise, ao mesmo tempo que mantem um diálogo continuo com Marrocos e outros países da região.

Ybáñez destacou, entre outras coisas, a importância de que a ONU continue e ter um “papel central” no Sahara Ocidental e que a sua missão na zona (MINURSO) possa “desenvolver a sua função”.

Esta segunda-feira a organização voltou a advertir que a saída de boa parte do pessoal civil da MINURSO ordenada por Rabat torna impossível que a missão faça o seu trabalho de forma completa.

A decisão de Marrocos, que também cortou o financiamento voluntário que dava à missão, produziu-se em resposta às declarações e gestos do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a sua recente visita à zona, qualificados de “insultuosos” pelo Governo marroquino.

Espanha, segundo disse Ybáñez, ofereceu a sua “plena cooperação ” às Nações Unidas para acolher de forma provisória em Las Palmas parte dos funcionários que tiveram que deixar os seus postos.

O governante espanhol considerou “positivo” que por agora não se tenha visto afetado o contingente militar da MINURSO, que é “especialmente importante”.

Ybáñez recordou que o tema do Sahara Ocidental “preocupa especialmente” a Espanha, que tem a “responsabilidade” de o seguir de muito perto.


Fonte: EFE

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