sábado, 3 de julho de 2021

Aminetu Haidar pede à ONU que assuma as suas responsabilidades no Sahara Ocidental

 


Genebra (ECS) - A presidente da Iniciativa Saharaui contra a Ocupação (ISACOM), Aminetu Haidar, apelou às Nações Unidas a assumir as suas responsabilidades na descolonização do Sahara Ocidental, e exortou Marrocos a pôr fim às violações sistemáticas dos direitos humanos e a assegurar que o povo saharaui goze do seu direito inalienável à autodeterminação.

Falando por video-conferência no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, Haidar recordou que o Sahara Ocidental tem vivido sob uma brutal ocupação militar marroquina desde 1975". "É tempo de as Nações Unidas assumirem a sua responsabilidade pela descolonização", disse a proeminente activista saharaui no seu discurso.

Aminetu Haidar apelou às Nações Unidas para que assumissem todas as suas responsabilidades na preservação da paz e segurança e contribuíssem para uma solução justa e definitiva do conflito do Sahara Ocidental. A destacada activista saharaui, vencedora do Prémio Nobel alternativo, no seu discurso perante o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, afirmou que a questão do Sahara Ocidental é um problema de "descolonização" que já ninguém pode negar.

Aminetu Haidar pediu também ao Conselho que instasse Marrocos a pôr fim às violações sistemáticas dos direitos humanos e a assegurar que o povo saharaui goze do seu direito inalienável à autodeterminação.

Neste contexto, Haidar elogiou a posição de Mary Lawlor, relatora especial da ONU sobre a situação dos defensores dos direitos humanos, que na quinta-feira tinha pedido a Marrocos que deixasse de atacar os defensores saharauis dos direitos humanos, que respeitasse os direitos humanos no Sahara Ocidental, e que permitisse aos defensores trabalharem sem assédio e vingança.

Haidar sublinhou que os autores destas violações são funcionários marroquinos, "que devem ser responsabilizados, e que as Nações Unidas e os organismos envolvidos devem proteger os cidadãos saharauis e os defensores dos direitos humanos, para que possam levar a cabo as suas actividades sem qualquer obstáculo".

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