sexta-feira, 1 de julho de 2016

Marrocos continua a ser o maior produtor mundial de cannabis




Apesar dos esforços para reduzir o cultivo de cannabis no seu território, Marrocos continua a ser o maior produtor mundial de haxixe. Isto é o que emerge do relatório anual da Agência das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), divulgado quinta-feira, 23 junho

“Europa, Norte de África, assim como o Próximo e Médio Oriente continuam a ser o principal mercado para a resina de cannabis, produzida principalmente em Marrocos e no Afeganistão, como o demonstra a informação fornecida pelos Estados membros tendo por base os relatórios da resina apreendida", afirma a agência da ONU.

"As Américas, seguidas pela África, são regiões onde também se registam a mais forte produção e consumo de erva cannabis: em 2014, cerca de três quartos das apreensões globais de erva foram realizados nas Américas, especialmente na América do Norte, enquanto 14% foram em África e 5% na Europa ", diz o UNODC no seu relatório.

Consumo estável

De acordo com a Agência, cuja missão é ajudar os Estados membros na prossecução do objetivo da segurança e da justiça para todos, tornando o mundo mais seguro face ao crime, face à drogas e ao terrorismo, o consumo mundial cannabis manteve-se relativamente estável nos últimos anos, "apesar das grandes mudanças que surgiram em algumas regiões."

Em 2014, 3,8% da população mundial tinha consumido no ano passado, uma proporção que não se alterou desde 1998. "Dado o crescimento da população mundial, esta situação resultou num aumento do número total de consumidores durante o mesmo período", diz UNODC.

Além disso, segundo a agência, o cultivo de cannabis continua a ser das culturas mais amplamente utilizadas para produzir drogas a nível mundial. Segue-se-lhe a cultura da papoila do ópio, assinalada em 49 países, na Ásia e nas Américas, principalmente, e depois a da coca, existente em sete países das Américas. "Se houve um forte aumento nas apreensões de drogas sintéticas, a cannabis continua a ser a droga, cujo tráfego é mais elevado em todo mundo", sublinha o relatório.

Os efeitos devastadores da droga

A nível geral, a UNODC estima que um em cada 20 adultos consumiu pelo menos uma droga em 2014. "Isso representa 250 milhões de pessoas com idades entre os 15 e os 64 anos, número mais ou menos equivalente à população da Alemanha, França, Itália e Reino Unido" juntos. "É muito", lamenta o órgão das Nações Unidas.

E acrescenta: "Tendo em conta que mais de 29 milhões de consumidores de drogas sofrem de distúrbios relacionados com ela, que 12 milhões deles se injetam e que 14,0% deles são portadores de HIV, podemos dizer que o uso de drogas continua a ter efeitos devastadores sobre a saúde ".


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