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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Regime de Marrocos reage face à manifestação de Domingo 20/02
Marrocos não está disposto a que a vaga reivindicativa que se formou na Tunísia, alastrou ao Egipto e atinge agora vários países do Médio Oriente e do Magreb varra este país do norte de África. Embora o Governo assegure estar tranquilo ante a manifestação convocada através das redes sociais para o próximo Domingo, dia 20 de Fevereiro, várias medidas económicas e políticas foram postas em marcha para contrariar ou suster os argumentos dos organizadores do protesto público.
Mais de duas dezenas de associações de direitos humanos juntaram-se à convocatória lançada por vários grupos do Facebook (Marrocos, recorde-se é o 3.º país a nível mundial onde o Facebook mais cresceu nas últimas semanas), entre elas a AMDH, uma das ONG mais independentes do país.
Embora a maior parte dos partidos políticos tenha criticado a convocatória de protesto, ainda ontem o maior grupo islamista não autorizado, Al-Adl Wal Ihsan (Justiça e Caridade) e o marxista Via Democrática asseguraram á agência noticiosa espanhola a EFE que participariam nas manifestações. Outras três organizações de esquerda (Partido Socialista Unificado, União do Congresso Nacional e Vanguarda Democrática) também confirmaram a sua presencia, assim como a central sindical Confederação Democrática do Trabalho.
Os organizadores do protesto que terá lugar em várias cidades do país, pedem reformas democráticas, a transformação de Marrocos numa monarquia parlamentar onde o rei ceda o poder executivo e a reforma da Constituição. Foi posto a circular pelos organizadores um vídeo em que 14 cidadãos expõem os seus motivos para protestar na rua. O ministro da Comunicação, Jalid Naciri, assegurou que o Governo «escutará» as reivindicações «procurará soluções». «Ninguém duvida da legalidade das reivindicações económicas, sociais e políticas destes jovens», afirmou, acrescentando que o Governo observa a convocatória cm calma.
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