O representante da Frente Polisario na Europa, Mohamed Beissat, afirmou hoje que "a questão dos Direitos Humanos no Sahara Ocidental não é negociável nem tema de barganha política, mas de compromissos que devem ser respeitados e aplicados de imediato".
Reagindo às declarações do ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros, Taieb Fassi Fahri, que afirmou que, "a parte saharaui teria rejeitado a inclusão dos direitos do Homem durante a última reunião de Malta", Mohamed Beissat precisou que os Direitos do Homem "não são tema de negociação nem de barganha política".
"Tais declarações reflectem a perversa intenção e a ausência de vontade política" do lado da parte marroquina na procura de uma solução política justa e duradoura que permita ao povo saharaui o exercício ao seu direito inalienável à autodeterminação e à independência”, afirmou.
"Se o MNE marroquino levasse esta questão a sério, então deverá dirigir-se ao governo do seu país para libertar os mais de 120 presos políticos saharauis, revelar o destino dos mais de 500 desaparecidos e os 151 prisioneiros de guerra saharauis nas mãos de Marrocos", sublinhou o diplomata saharaui.
Mohamed Beissat insistiu na necessidade de implantar um mecanismo da ONU para a protecção e a vigilância dos direitos humanos nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, apelando a abertura do território aos observadores internacionais, às organizações dos direitos humanos, às ONG e à imprensa internacional que desejam aí deslocar-se para analisar a questão dos DDHH que prevalece no território. (SPS
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