A Associação de Familiares de Presos e Desaparecidos
Saharauis (AFAPREDESA), apresentou ontem, quarta-feira, um relatório sobre a
situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental que contém provas da implicação
de Marrocos no enterro de saharauis em fossas comuns que remontam a 1976 e descobertas
em janeiro de 2013, segundo informou o seu presidente, Omar Abdesslam.
Crimes contra a humanidade, denunciados através das fossas
comuns descobertas em princípios de 2013 na cidade de Amgala, perto de Smara, afirmou
Abdeslam.
Duas fossas comuns (uma com as ossadas de crianças) foram
descobertas em janeiro de 2013 na mesma região, perto do “muro da vergonha”.
Esta revelação foi feita por um pastor saharaui que descobriu
restos humanos, roupas e documentos de identidade da época espanhola pertencentes
a Ali Mohamed Sid Ahmed Salama Al Karcha.
O relatório inclui dados dos científicos forenses e peritos universitários
bascos que confirmam a implicação da ocupação marroquina no enterro de
saharauis desaparecidos em fossas comuns em 1976, acrescentou.
Estas descobertas, acrescentou, são suficientes para uma ação
da comunidade internacional contra o ocupante marroquino na questão dos direitos
humanos e no momento em que Marrocos está a ponto de conseguir um lugar no conselho
dos direitos humanos.
A AFAPREDESA pede às Nações Unidas que assumam a sua
responsabilidade de ajudar as famílias das vítimas a exercer plenamente o seu direito
a conhecer a verdade.
SPS
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