Um grupo de investigadores bascos conseguiu demonstrar pela primeira
vez que o Exército de Marrocos levou a cabo sequestros e execuções ilegais no
Sahara Ocidental.
A investigação, cujas conclusões foram apresentadas hoje ao meio-dia
no Museu San Telmo de Donostia-San Sebastián, foi promovida pelo Instituto
Hegoa, a Fundación Aranzadi e a Universidade Pública do País Basco (UPV-EHU).
Os diretores da investigação, o forense Paco Etxeberria
(Aranzadi) e o doutor em Psicología Social e perito em comissões da Verdade
Carlos Martín Beristain (Hegoa), estudaram duas fossas comuns no Sahara, onde descobriram
oito cadáveres, dois deles menores de idade, de pessoas que foram executadas pelo
Exército marroquino em 1976, quando o território ainda pertencia a Espanha.
Estas oito pessoas, com identidade espanhola, puderam ser identificadas
pelos investigadores.
Trata-se da primeira vez que se consegue demonstrar que o Exército
marroquino sequestrou e executou saharauis. Estima-se que 400 pessoas permaneçam
desaparecidas neste território africano.
O objetivo dos investigadores é reunir nos próximos dias com
o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo espanhol e levar a investigação
ao conhecimento da ONU.
Sem comentários:
Enviar um comentário