quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Imposições marroquinas levaram Aminetou Haidar a recusar encontro com o enviado especial do Parlamento Europeu


Aminetou Haidar, a defensora dos Direitos Humanos saharaui mais conhecida internacionalmente, recusou reunir-se em El Aaiún, capital do Sahara Ocidental, com o enviado especial do Parlamento Europeu devido às imposições e controlo que as autoridades marroquinas exerceram sobre a visita.

Jonathan Lis, adjunto do Relator Especial de Direitos Humanos para o Sahara Ocidental e o Sahel do Parlamento Europeu, visitou El Aaiún de 27 a 29 de agosto, onde se reuniu com representantes de 17 comités saharauis de DDHH, que lhe relataram as constantes violações dos Direitos Humanos que sofre a população saharaui por parte da administração marroquino.

O Coletivo de Saharauis Defensores de Direitos Humanos (CODESA), a que preside Aminetou Haidar, recusou, porém, a estar presente no encontro dado que este devia realizar-se no hotel Parador, lugar acordado pelas autoridades marroquinas, como reconheceu o próprio Jonathan Lis.

Segundo informou o CODESA, Aminetou Haidar manifestou ao enviado do PE a sua disposição de com ele se encontrar, mas expressou-lhe a sua preocupação pelos termos da reunião no hotel Parador, que pressupunha a consagração do assédio militar, policial e mediático sobre o Sahara Ocidental. Pressupondo, também, uma restrição à liberdade de movimentos do representante do Parlamento Europeu e a possibilidade que fizesse uma investigação de campo e observar de perto a crise dos Direitos Humanos que se vive na região.


Fonte: Codesa

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