Açores, Portugal, 30 Out.
2013 – Quarenta e duas pessoas dos campos de refugiados saharauis de Tindouf (Argélia)
e dos territórios ocupados do Sahara Ocidental começaram um seminário
que se prolongará por uma semana, o último de uma série que visa aumentar a
confiança e compreensão numa das situações de refugiados mais duradouros do
mundo.
Os seminários são uma das
várias componentes de um programa de construção de confiança do Alto
Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) que está em curso
desde 2004. Representantes do Governo de Marrocos e da Frente Polisário
acompanham os participantes.
O seminário terá como foco a
importância da cultura Saharaui nómada, incluindo sua história e sua
importância na literatura e na música.
"Os seminários, e as mais
amplas medidas de construção de confiança, são elementos vitais do rumo humanitário
do ACNUR para vincular uma população dividida pelo conflito. Eles complementam
a vertente política paralela em curso pelas Nações Unidas no sentido de
encontrar uma solução para esta situação", disse Athar Sultan-Khan, chefe
de gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
O Programa de Medidas de Confiança
do ACNUR para a situação saharaui inclui seminários sobre cultura Saharaui, um
programa de visitas de familiares e reuniões de coordenação em Genebra com as
duas partes, Marrocos e Frente Polisário, e os dois países vizinhos, Argélia e
Mauritânia. Destinam-se a permitir que as famílias saharauis, separadas por
mais de 38 anos numa das mais arrastadas situações de refugiados do mundo, possam
estar juntos, trocar informações e discutir vários aspetos da sua cultura.
Cerca de 20 mil pessoas participaram em visitas familiares desde que o programa
começou, e 160 pessoas participaram em quatro seminários apoiados pelo Governo
Português.
Famílias saharauis foram
separadas umas das outras há quase quatro décadas, devido à ausência de uma
solução política que possa acabar com seu sofrimento e permitir que voltem aos seus
lugares de origem. Os refugiados começaram a chegar à Argélia, em 1975, depois da
Espanha se ter retirado do território do Sahara Ocidental e os combates terem começado.
Para mais informações:
Dan McNorton (Geneva) at mcnorton@unhcr.org or mobile ++ 41 79 217 3011.
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