terça-feira, 29 de outubro de 2013

Presidente da Argélia acusa Marrocos de violações massivas dos Direitos do Homem no Sahara Ocidental


 A Argélia reclama a criação de um mecanismo de proteção dos direitos humanos no Sahara Ocidental ocupado por Marrocos. O presidente Abdelaziz Bouteflika, em mensagem lida em seu nome pelo ministro da Justiça Tayeb Louh em Abuja, Nigéria, segunda-feira, 28 de outubro, julga que «mais do que nunca» há a necessidade de aplicar esse mecanismo.

«A necessidade da aplicação de um mecanismo de acompanhamento e vigilância dos direitos humanos no Sahara Ocidental faz-se sentir mais do nunca», afirma o presidente Bouteflika na mensagem que enviou à conferência africana de solidariedade com a causa saharaui que tem lugar na Nigéria.

Este reenquadramento da missão da Minurso permitirá às Nações Unidas desempenharem plenamente o seu papel em matéria de vigilância dos direitos do homem no Sahara Ocidental e, ao fazê-lo, será o próprio mandato da Minurso  a ser completado, já que, é preciso recordar, a MINURSO é a única missão de manutenção da paz da ONU que não engloba os direitos do Homem no seu mandato», subinha Bouteflika.

O presidente Bouteflika renovou ainda «o apoio» da Argélia à causa saharaui e aos esforços do SG da ONU e do seu enviado pessoal, Christopher Ross, com vista a ajudar as duas partes em conflito a encontrar uma solução que conceda a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental através da organização de um referendo livre e regular, sob os auspícios das Nações Unidas.

Abdelaziz Bouteflika advertiu ainda que «qualquer outra saída, que procurasse impor o facto consumado colonial negando o direito do povo do Sahara Ocidental à autodeterminação, constituiria uma une grave violação do direito internacional e seira contra a doutrina das Nações Unidas em matéria de descolonização. »

APS

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