segunda-feira, 11 de novembro de 2013

19 presos saharauis condenados por Marrocos em greve de fome



Os 19 presos saharauis condenados pela justiça marroquina devido à revolta do acampamento de Gdeim Izik iniciaram uma greve de fome durante 24 horas para protestar contra o grave estado de saúde em que se encontra um deles, Laroussi Abdeljalil.

"Nós, o grupo de presos políticos de Gdeim Izik, entraremos em greve de fome de 24 horas no dia 11 de novembro de 2013, em solidariedade com o nosso companheiro Laroussi Abdeljalil, condenando este tratamento vexatório a que todos temos sido submetidos", anunciam os presos numa declaração recebida pela Coordenadora Estatal de Associações Solidárias com o Sahara (CEAS-Sáhara) de Espanha.

Segundo a CEAS-Sahara, o preso padece de hipertensão contínua de 26/13 e fortes dores nos joelhos "causadas pelas torturas recebidas durante os interrogatórios".
 
Laroussi Abdeljalil


O CEAS-Sáhara denuncia "a vexação" dos presos às mãos dos responsáveis do presídio Salé 1, onde se encontram internados todos os condenados pelo acampamento de protesto saharaui, destruído em finais de 2010 pelas forças de segurança marroquina.

O Tribunal Militar de Rabat condenou em fevereiro de 2012 nove dos presos a prisão perpétua – um deles à revelia --, quatro a 30 anos de prisão, oito a 25 anos de encarceramento e dois a 20 anos. Outros dois processados foram condenados a um período de prisão equivalente ao que já levavam de prisão preventiva, ou seja, pouco mais de dois anos, pelo que foram libertados.

Os imputados foram acusados de delitos como integração em bando criminoso, violência contra as forças da ordem com resultado de morte, ingerência na segurança interna e externa do Estado e mutilação de cadáveres, muito embora diversas organizações de Direitos Humanos denunciem que as condenações foram proferidas sem as provas necessárias para incriminar os acusados.


Fonte: europapress.es

Sem comentários:

Enviar um comentário