O Norwegian Refugee Council lançou o relatório "Um País
Ocupado, um Povo Deslocado" sobre o conflito no Sahara Ocidental.
Metade do povo do Sahara Ocidental vive como refugiado na
Argélia desde que a antiga colónia espanhola foi invadida por Marrocos em 1975.
O relatório é uma versão atualizada de um relatório com o
mesmo título lançado em 2008. Na nova versão é dada especial atenção aos
recentes desenvolvimentos da situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental anexado
por Marrocos.
Em 2013, vários líderes ativistas de direitos humanos foram
condenados a prisão perpétua por um tribunal militar marroquino. Enquanto isso,
os aliados de Marrocos no Conselho de Segurança das Nações Unidas continuam a
sabotar a capacidade da ONU para garantir os direitos humanos do povo saharaui.
Os EUA e o Reino Unido têm argumentado que as forças da ONU no território devem
ter também a função de informar sobre as atrocidades que lá ocorrem, mas esta
iniciativa foi, mais uma vez, inviabilizada pela França.
O relatório é publicado para distribuição nos sistemas das
Nações Unidas e da União Europeia. Em abril, o Conselho de Segurança da ONU
voltará a rever o mandato da Missão da ONU no Sahara Ocidental.
A crise económica na Espanha fez com que a questão dos
refugiados na Argélia se tornasse ainda mais relevante, pois grande parte da
ajuda espanhola tradicionalmente importante para os campos de refugiados foi
descontinuada.
" É fundamental que a pressão internacional sobre a
França seja coordenada. Pedimos à Noruega para desempenhar um papel fundamental
nessa iniciativa. As autoridades norueguesas devem, juntamente com os seus
aliados mais próximos, impedir a França de, mais uma vez, sabotar os esforços
em prol dos direitos humanos no Sahara Ocidental " , diz o editor Richard
Skretteberg .
A Missão nas Nações Unidas para o Referendo no Sahara
Ocidental foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em 1991,
para a realização de um referendo sobre o futuro do Sahara Ocidental. O seu
mandato expira em 30 de abril de 2014 e espera-se uma discussão sobre a
inclusão da monitorização dos direitos humanos no mandato da missão, como o
Secretário Geral da ONU solicitou.
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