segunda-feira, 3 de março de 2014

Um "think tank" espanhol muito timorato


Emilio Lamo de Espinosa, presidente do RIE

Por: Ignacio Cembrero | 03 de março de 2014

O Real Instituto Elcano não se atreve a mencionar a “democratização” do Magrebe nem os direitos humanos

O mais célebre dos “think tanks” espanhóis dedicados aos estudos internacionais, o Real Instituto Elcano (RIE), acaba de se pronunciar a favor da autonomia, e não da independência do Sahara Ocidental. No seu longo relatório intitulado "Para uma renovação estratégica da política externa espanhola" defende por que Espanha deve adotar "uma posição mais pró-ativa" por um "genuíno e garantido auto-governo" da ex-colónia espanhola. O presidente do RIE, Emilio Lamo de Espinosa, assegurou, inclusive, que um estado independente não seria viável.
Há já anos que a diplomacia espanhola trabalha camufladamente a favor da autonomia, como revelaram os despachos revelados por Wikileaks. O anterior presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, descreveu já em 2008 como “uma contribuição positiva” para resolver um conflito que dura desde há 39 anos e que impede a unificação do Magrebe.
O atual Executivo está na mesma linha. O ministro de Negócios Estrangeiros, José Manuel García-Margallo, alinhou-se publicamente em Rabat, em junho de 2012, com as autoridades de Marrocos que acabavam de recusar que o diplomata norte-americano Christopher Ross continuasse a mediar o conflito do Sahara porque era “tendencioso”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou com o rei Mohamed VI em agosto, e Rabat retificou a sua decisão.

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