O livro é um rastilho.
Primo direito do rei Mohamed VI de Marrocos, Moulay Hicham el Alaoui põe o palácio
real em alvoroço.
Diz-se disposto a
sacrificar a monarquia para que a democracia vingue em Marrocos. E fala com a
autoridade de quem já pagou o preço pelas suas convicções… Após a morte de
Hassan II, em 1999, quando reclamou uma verdadeira monarquia constitucional -
um reino para todos – em substituição do Makhzen,
o poder tradicional, arbitrário e predador, o príncipe foi banido do palácio.
Perseguido e ameaçado no seu país, reside, desde 2002, com a sua família nos
Estados Unidos.
Este "Diário" é mais do que um manifesto político.
É uma viagem aos labirintos do palácio, um relato fabuloso de mil histórias, onde
conta os tempos de juventude dos príncipes, a sua formação no Collège royal, a
sua cumplicidade com os mistérios do harém. Nele se traça um retrato de Hassan
II, verdadeiramente impressionante, a sua inegável grandeza e crueldade
perversa. Esse soberano excessivo, pronto a "pendurar os seus inimigos pelos
cílios de seus olhos" mas que sabe não ter um sucessor à sua altura…
Tímido, esmagado pelo seu pai, ao príncipe herdeiro não lhe
agrada nada a profissão de rei…
Pela primeira vez um príncipe aluita fala do despotismo, em
linguagem simples, mas sem maldade, profundamente humana.
Nascido em 1964, em
Rabat, filho mais velho do único irmão de Hassan II, Moulay Hicham el Alaoui é
o terceiro candidato na sucessão ao trono e, pelo lado da mãe libanesa,
herdeiro de uma grande linhagem pan-árabe. Diplomado pela Universidade de Princeton,
é atualmente bolseiro de investigação na Universidade de Stanford, na
Califórnia.
Preço do livro : 17,10 € (www.amazon.fr)
Fonte : do texto de apresentação da editora Grasset
Sem comentários:
Enviar um comentário