Hassana El Ouali |
Forças à paisana marroquinas tentam impedir concentrações de protesto de saharauis frente ao Hospital Militar de Dakhla |
Rabat, 29 set (EFE).- A cidade de Dakhla, no sul do Sahara Ocidental, viveu na passada madrugada distúrbios após a morte no Hospital Militar da cidade do preso independentista Hassana El Ouali, de 43 anos, por alegada negligência médica.
O responsável na cidade do Conselho Regional de Direitos Humanos (CRDH, organismo oficial marroquino), Mohamed Lamin Semlali, referiu à EFE que pediram ao hospital, tal como a sua família, um relatório médico que aclare as circunstâncias da sua morte, mas doze horas depois ainda não o receberam.
A família recusou-se a receber o cadáver de El Ouali enquanto não for feita uma autópsia independente, segundo disseram à EFE fontes da Organização Saharaui Contra a Tortura (OSCT), a que pertencia o falecido.
Segundo esta
organização (ilegal, como todas as saharauis de cariz independentista), Hassana
era diabético e sofria de uma úlcera, e não foi devidamente atendido no hospital
civil de Dakhla para onde foi transportado desde a prisão no dia 24 de setembro,
antes de ser trasladado de novo, dois dias depois, para o Hospital Militar, onde
faleceu esta noite.
Hassana El
Ouali tinha sido condenado a três anos de prisão em 2011, após violentos confrontos
que opuseram em Dakhla civis marroquinos a independentistas saharauis após um
jogo de futebol e que se saldaram com sete mortos.
A OSCT assegurou
que uma coluna de veículos militares que saíra da região de El Aaiún se dirigia
no final da manhã de hoje para Dakhla, prevendo novos distúrbios como os de
ontem que, segundo aquela organização, deixaram um saldo de 16 feridos, embora
as fontes do CRDH dissessem desconhecer se houve feridos.
EFE
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