O Juízo
Penal de Primeira Instância do Tribunal de Apelações de Agadir (Marrocos), depois
de três horas de deliberações, condenou o defensor saharaui de Direitos Humanos,
Abdelkhalik Elmarkhi, a 4 anos de prisão, que cumprirá na prisão de Aït
Melloul.
A sentença
afirma as acusações de que era acusado de "obstrução ao tráfego",
"incitamento à violência e desobediência", "participação em grupo
armado durante a noite", "bater e ferir deliberadamente funcionários
públicos que desempenharam seu tarefa "e" sabotar a propriedade do Estado
", muito embora, na sua primeira aparição, a 15 de maio de 2014, Elmarkhi tenha
negado todas as acusações contra ele, argumentando a defesa que o acusado não
estava presente em Guelmim quando se realizou o protesto e que as acusações apenas
pretendiam evitar tanto o seu trabalho em prole dos direitos humanos como a sua
participação em manifestações pacíficas.
Foi detido
a 29 de abril de 2014 e colocado na estação central da polícia em Guelmim, no sul
de Marrocos, segundo uma ordem de detenção emitida sobre ele desde o dia 1 de outubro
de 2013, tendo sido encerado na prisão local de Aït Melloul a 2 de maio de
2014. Tanto o Comité Saharaui de Direitos Humanos, como a Associação Marroquina
de Direitos Humanos, organizações de que é membro Elmarkhi, denunciaram em reiteradas
ocasiões que o motivo da detenção foi o facto de Elmarkhi ter participado em
manifestações de protesto pelo assassinato de Rasheed Al Sheen, um jovem
saharaui morto na cidade de Assa quando se manifestava pela autodeterminação do
povo saharaui.
Abdelkhalik
Elmarkhi abandonou a sala do tribunal dizendo: “O Estado Saharaui é a solução”.
Fonte:
Defensores saharauis de Direitos Humanos nos Territórios Ocupados
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