sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Abdelkhalik Elmarkhi, saharaui defensor dos DDHH, condenado a 4 anos de prisão




O Juízo Penal de Primeira Instância do Tribunal de Apelações de Agadir (Marrocos), depois de três horas de deliberações, condenou o defensor saharaui de Direitos Humanos, Abdelkhalik Elmarkhi, a 4 anos de prisão, que cumprirá na prisão de Aït Melloul.

A sentença afirma as acusações de que era acusado de "obstrução ao tráfego", "incitamento à violência e desobediência", "participação em grupo armado durante a noite", "bater e ferir deliberadamente funcionários públicos que desempenharam seu tarefa "e" sabotar a propriedade do Estado ", muito embora, na sua primeira aparição, a 15 de maio de 2014, Elmarkhi tenha negado todas as acusações contra ele, argumentando a defesa que o acusado não estava presente em Guelmim quando se realizou o protesto e que as acusações apenas pretendiam evitar tanto o seu trabalho em prole dos direitos humanos como a sua participação em manifestações pacíficas.

Foi detido a 29 de abril de 2014 e colocado na estação central da polícia em Guelmim, no sul de Marrocos, segundo uma ordem de detenção emitida sobre ele desde o dia 1 de outubro de 2013, tendo sido encerado na prisão local de Aït Melloul a 2 de maio de 2014. Tanto o Comité Saharaui de Direitos Humanos, como a Associação Marroquina de Direitos Humanos, organizações de que é membro Elmarkhi, denunciaram em reiteradas ocasiões que o motivo da detenção foi o facto de Elmarkhi ter participado em manifestações de protesto pelo assassinato de Rasheed Al Sheen, um jovem saharaui morto na cidade de Assa quando se manifestava pela autodeterminação do povo saharaui.

Abdelkhalik Elmarkhi abandonou a sala do tribunal dizendo: “O Estado Saharaui é a solução”.


Fonte: Defensores saharauis de Direitos Humanos nos Territórios Ocupados

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