Abdellatif Hammouchi, o chefe da DST |
Segundo
o site francês Maghreb Confidentiel, uma ação por «sequestro» foi apresentada terça-feira,
2 de dezembro, no Tribunal de Grande Instância de Paris contra os «serviços de
segurança marroquinos».
«Os
processos marroquinos acumulam-se», titula o site. Um procedimento judiciário que
vai ter consequências ainda mais pesas nas más relações franco-marroquinas.
Por
"serviços de segurança marroquinos," isso certamente significa
"serviços secretos marroquinos." Pode ser uma questão da DST (Direção
de Segurança do Território, a polícia política marroquina), que tem um passado
pesado em matéria de sequestros e torturas.
Além
disso, Abdellatif Hammouchi, o chefe da DST, que mudou as siglas do seu
departamento para DGST (Direção Geral da segurança do Território), para tentar
limpar o seu passado sulfuroso, é procurado em vários casos de sequestro e
tortura contra cidadãos franco-marroquinos, entre os quais o ex-campeão mundial
de boxe tailandês, Zakaria Moumni.
No
início do ano, ele teve que fugir da residência do embaixador de Marrocos em
Neuilly, após a apresentação da polícia judiciária de Paris se apresentar no
domicílio dando-lhe uma ordem para apresentar declarações emitida por um juiz
francês.
Com
esta enésima ação em tribunal, o Presidente da República francesa terá uma
grande crise de nervos. Está face a um dilema. Ou ele intervém junto do sistema
judicial (que tem as atilhos necessários para bloquear uma pasta ou o afogar no
âmbito dos procedimentos), como o fizeram muitas vezes os antecessores do
Presidente da República, e é um escândalo de Estado, já que François Hollande
prometeu não intervir nos assuntos de justiça; Ou ele deixa a justiça fazer o
seu trabalho e Abdellatif Hammouchi acabará por, tarde ou cedo, decidir ir a
Paris prestar declarações. Algo que ele considera, e o Palácio com ele, como
uma grande humilhação.
Um
assunto a seguir…
Fonte: Demain - orgão da imprensa marroquina independente
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