El
Aaiún ocupada, 06/12/14 - Ativistas saharauis de direitos humanos residentes nas
zonas ocupadas, informam que, cumpridos os 35 dias em greve de fome sem que se tenha
produzido aproximação alguma por parte das autoridades penitenciárias para abrir
vias de diálogo sobre as reivindicações de Embarek Daoudi, a sua família lança
um apelo às ONGs internacionais, defensores de Direitos Humanos e a todas as pessoas
de bem para que se mobilizem para salvar a vida do preso, que se encontra em
estado crítico dadas as complicações cardíacas e nefrológicas, entre outras afeções
de gravidade.
Embarek
Daoudi reclama que seja fixada uma data para a realização do seu julgamento,
que pretendem celebrar ante um tribunal militar em Rabat e para o qual está esperando
há um ano na prisão marroquina de Sale 1. Além disso, Daoudi reivindica os seus
direitos a receber assistência médica e condições dignas de um centro penitenciário.
No passado
dia 3, uma ordem do Tribunal Militar obrigava Daoudi a submeter-se a uma
inspeção médica, muito embora esta não tenha sido levada a cabo, já que a comissão
de médicos que o visitou na prisão limitou-se a tirar-lhe a pressão arterial (que
tinha muito elevada) e a procurar convencê-lo a que alterasse a sua posição e abandonasse
a greve de fome em benefício da sua saúde, a que o preso se negou.
A
família de Daoudi denuncia que os seus 6 filhos estão sendo perseguidos permanentemente
pelas forças policiais marroquinas, que sitiam a moradia familiar e impedem o livre
acesso às visitas que acodem a expressar-lhes a sua solidariedade. A preocupação
pela saúde de Embarek Daoudi, de 58 anos, é máxima e há meios de comunicação que
alertam que o preso já estará, inclusive, em estado de coma.
Nos próximos
dias 9 e 10 de dezembro, coincidindo com a celebração do Dia Internacional dos
Direitos Humanos, todos os presos políticos saharauis empreenderão uma nova
greve de fome para chamar a atenção para a situação de Embarek Daoudi e as infra-humanas
condições das prisões marroquinas.
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